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Ibovespa ignora alta em Nova York e recua mais de 1% com aumento dos ruídos fiscais; dólar vai a R$ 5,22

Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, em fundo preto

Ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

Se nos primeiros meses do ano o cenário político foi mero figurante nas discussões do mercado financeiro, Brasília agora é protagonista absoluta e não há um dia nas últimas semanas que os investidores locais conseguiram desviar dos acontecimentos na capital federal. 

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A crise na Petrobras (PETR4), que ainda aguarda um desfecho, é apenas um dos focos de incêndio. A proximidade das eleições traz também a tentativa do governo de aprovar um “pacote de bondades” com grande impacto nas contas públicas – que ainda tentam se recuperar do baque do coronavírus. 

No momento, discute-se um aumento do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, uma ampliação do vale-gás, uma ajuda de custo de até R$ 1 mil para os caminhoneiros e até mesmo um decreto de calamidade pública. 

Em Wall Street, os investidores receberam dados mais fracos do que o esperado da economia americana como um sinal de que o Federal Reserve terá que ser cauteloso se realmente quiser evitar uma recessão. O Nasdaq subiu 1,62%, o S&P 500 avançou 0,95% e o Dow Jones teve alta de 0,64%. 

O Ibovespa, no entanto, tem uma dor de cabeça maior para enfrentar e encerrou o dia em queda de 1,45%, aos 98.080 pontos, mas os setores de varejo e tecnologia se beneficiaram do alívio na curva de juros e foram os principais destaques do dia. Já o dólar à vista encerrou a sessão em alta de 1,02%, a R$ 5,2298. 

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Em busca de sinais

O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos veio abaixo do esperado dos analistas e alimenta a perspectiva de que o Federal Reserve atue de forma mais lenta para não gerar grandes impactos à atividade econômica. O PMI composto veio no menor nível dos últimos cinco meses, recuando a 51,2 em junho.

Os ruídos sobre a possibilidade de um “pacote de bondades” do governo federal para tentar melhorar os seus índices de popularidade às vésperas das eleições continuam sendo um fator muito incômodo. No momento, discute-se um aumento do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 a R$ 600, uma ampliação do vale-gás e uma ajuda de custo de até R$ 1 mil para os caminhoneiros. A curva de juros, no entanto, acompanhou o sentimento de que o Fed pode ser obrigado a agir com mais cautela. 

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2313,51%13,55%
DI1F25DI Jan/2512,22%12,34%
DI1F26DI Jan/2612,14%12,23%
DI1F27DI Jan/2712,18%12,27%

Sobe e desce do Ibovespa

Apesar da alta do Ibovespa não ter se sustentado ao longo do dia, alguns setores descontados da bolsa tiveram uma sessão positiva. 

O alívio na curva de juros favoreceu empresas do setor de tecnologia e de varejo, maiores vítimas do aperto monetário tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Confira as maiores altas do dia:

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CÓDIGONOMEVALORVAR
LWSA3Locaweb ONR$ 6,069,19%
BRFS3BRF ONR$ 14,107,88%
PETZ3Petz ONR$ 11,406,44%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 2,554,51%
AMER3Americanas S.AR$ 13,924,35%

Em uma correção dos ganhos do dia anterior, a Ultrapar (UGPA3) liderou as quedas do dia após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a compra da Extrafarma pela Pague Menos. 

As commodities também tiveram mais um dia de dificuldade, refletindo mais uma vez o temor com uma recessão global que leve a uma queda da demanda. Para o setor de mineração e siderurgia, nem mesmo o forte avanço do minério de ferro foi suficiente para reverter o quadro negativo. Confira também as maiores quedas da bolsa:

CÓDIGONOMEULTVAR
UGPA3Ultrapar ONR$ 12,05-4,21%
RRRP33R Petroleum ONR$ 32,60-4,03%
QUAL3Qualicorp ONR$ 13,58-3,82%
PRIO3PetroRio ONR$ 20,47-3,76%
USIM5Usiminas PNAR$ 8,70-3,76%
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