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Apetite ao risco em NY sustenta otimismo e Ibovespa sobe quase 2%; dólar inverte o sinal e recua 0,9%

Montagem do real no mapa dos EUA e uma placa com Ibovespa e setas apontando para cima

O bom humor é contagiante — o Ibovespa que o diga. O principal índice acionário brasileiro acompanhou novamente o otimismo visto no exterior e deu continuidade ao movimento de ganhos registrado neste início de semana.

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Na Europa, a fonte do ânimo continua sendo o Reino Unido, onde a reversão de quase todas as medidas do pacote fiscal anunciado pela primeira-ministra Liz Truss tranquilizou o mercado.

Já em Nova York, onde as bolsas de valores subiram até 1,16%, quem colocou um sorriso no rosto dos investidores foi o noticiário corporativo. O mercado ainda busca observar os efeitos da política monetária contracionista do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, sobre a economia.

Mas, por enquanto, os balanços dos grandes bancos embalam as negociações, além da expectativa para os resultados das big techs — a Netflix abriu os trabalhos ao divulgar seus números na noite desta terça-feira (18).

Por aqui, a temporada de balanços ainda não começou, mas a prévia operacional da Vale (VALE3), o principal nome do Ibovespa, e o bom desempenho do setor financeiro também ajudaram a sustentar o índice no terreno positivo.

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Com a alegria — e o apetite ao risco — dos investidores mantidos, o Ibovespa subiu 1,87%, aos 115.743 pontos. O dólar à vista inverteu o sinal ao longo da sessão e anotou mais um dia de queda, com recuo de 0,91%, cotado em R$ 5,2547.

Sobe e desce do Ibovespa

A competição pela ponta positiva do Ibovespa não foi acirrada hoje. Impulsionada pelo anúncio de que avalia fazer uma oferta pública de ações (IPO) ou uma cisão (spin-off) da Aesop, a Natura (NTCO3) assumiu a dianteira logo no início do pregão e não saiu mais de lá.

Veja quais foram as maiores altas do índice:

CÓDIGONOMEULTVAR
NTCO3Natura ONR$ 14,219,39%
VBBR3VIBRA energia ONR$ 18,145,71%
UGPA3Ultrapar ONR$ 13,095,31%
LWSA3Locaweb ONR$ 10,725,10%
HAPV3Hapvida ONR$ 7,574,99%
Fonte: B3

Uma possível oferta de ações também movimentou o outro extremo da sessão. O Assaí (ASAI3) recuou forte com os rumores de que seu controlador, o grupo Casino, prepara uma operação para vender sua participação na companhia.

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Confira abaixo os outros quatro papéis que mais recuaram hoje:

CÓDIGONOMEULTVAR
ASAI3Assaí ONR$ 17,98-8,92%
CASH3Meliuz ONR$ 1,12-2,61%
VIIA3Via ONR$ 3,40-2,30%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 4,29-1,83%
EZTC3EZTEC ONR$ 21,78-1,63%
Fonte: B3

Fora do índice, a Oi (OIBR3) caiu mais de 11% após o conselho da companhia aprovar um grupamento de ações para elevar preço dos papéis.

O que anima as bolsas do exterior?

No exterior, a temporada de balanços e o pacote fiscal do Reino Unido seguiram dando a tônica dos negócios. 

No decorrer da semana, os balanços da Netflix, da Tesla e da IBM também vão agitar o setor de tecnologia. Outras empresas para se prestar atenção nos próximos dias são Johnson & Johnson, United Airlines, AT&T, Verizon e Procter & Gamble.

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Na Europa, as bolsas reagiram à expectativa com a reformulação do plano fiscal do novo ministro das Finanças do Reino Unido. 

Jeremy Hunt, o novo ministro das Finanças de Truss, anunciou na véspera que a maior parte das propostas que causaram turbulência nos mercados nas últimas semanas será descartada. Um novo plano fiscal será apresentado até 31 de outubro.

Hunt sucede Kwasi Kwarteng, rifado na semana passada em meio à repercussão negativa de seu plano de mini-orçamento.  Há menos de um mês e meio no cargo, Liz Truss até pediu desculpas por colocar em risco a estabilidade econômica do Reino Unido.

As bolsas da Ásia e Pacífico ampliaram os ganhos da sessão da véspera em Nova York, mas a divulgação dos números do PIB da China segue sem data confirmada.

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O anúncio foi adiado por tempo indeterminado. Provavelmente até que seja concluído o 20º Congresso do Partido Comunista da China, evento quinquenal que costuma monopolizar as atenções no gigante asiático.

Este ano, o presidente Xi Jinping está sendo conduzido a um terceiro mandato. Trata-se de algo que não acontecia desde Mao Tsé-tung e Deng Xiaoping.

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