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Petrobras (PETR4) impede Ibovespa de acompanhar recuperação em Wall Street; dólar cai a R$ 5,15

Petrobras, Ibovespa, queda, mercados

O fim de semana prolongado nos Estados Unidos deu fôlego extra para as bolsas em Nova York. Correndo atrás dos prejuízos recentes, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq fecharam a terça-feira com ganhos superiores a 2,5%, indicando uma reversão no humor dos investidores. 

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O Ibovespa até tentou acompanhar, ainda que com fôlego mais curto que os primos americanos, mas a bolsa local está presa por um grilhão que impede que o principal índice da B3 volte a se firmar acima dos 100 mil pontos, importante marca psicológica – a Petrobras (PETR4). 

As incertezas sobre as recentes trocas no alto escalão da companhia e os constantes ataques da ala governista à política de preços da empresa gera incômodo e afasta os investidores das ações das estatais. 

Apesar do bom desempenho das ações de mineração e siderurgia, o apetite por risco do Ibovespa foi se deteriorando conforme as incertezas foram crescendo. As ações da Petrobras recuaram mais de 1%.

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse ao Congresso que o governo não irá interferir na política de preços da Petrobras. A sinalização foi positiva e chegou a animar os negócios, mas os deputados Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Daniel Silveira apresentaram um pedido de CPI para investigar os preços praticados pela estatal.

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Também existem rumores sobre possíveis alterações na lei das estatais – documento que gere as empresas hoje no controle da União – para que o governo tenha mais liberdade em adotar medidas intervencionistas. 

Poucos são os fatos concretos sobre a possibilidade de uma interferência estatal, mas até lá, a bolsa está presa por correntes bem fortes. 

Depois de passar o dia em um ioiô, indo e voltando, o Ibovespa encerrou a sessão em queda de 0,17%, aos 99.684 pontos. O dólar à vista também recuou 0,63%, a R$ 5,1537, mas fechou longe das mínimas. 

O que pensa o Copom

Na ata da última reunião divulgada nesta manhã, o Banco Central brasileiro admitiu que ainda será preciso dar alguns passos extras para chegar ao topo da Selic. 

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O Copom “antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude” para a próxima reunião de política monetária, programada para agosto.

O Copom enfatiza na ata que “irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

No documento, a instituição também deixou claro que já leva em consideração a projeção de inflação para 2024 e os desafios fiscais. No mercado de juros, o dia foi de estabilidade. 

CÓDIGONOMETAXAFEC 
DI1F23DI jan/2313,56%13,58%
DI1F25DI Jan/2512,47%12,47%
DI1F26DI Jan/2612,35%12,35%
DI1F27DI Jan/2712,39%12,39%

Sobe e desce do Ibovespa

Confira as maiores altas do dia:

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CÓDIGONOMEVALORVAR
QUAL3Qualicorp ONR$ 14,656,31%
WEGE3Weg ONR$ 25,355,19%
NTCO3Natura ONR$ 13,863,82%
TOTS3Totvs ONR$ 24,073,75%
VIVT3Telefônica Brasil ONR$ 47,343,75%

Ao longo do dia, as empresas do setor de educação se mantiveram pressionadas. Além da sinalização dada pelo Banco Central, as companhias também repercutiram outros desdobramentos em Brasília. Nesta semana, a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF)  para barrar a abertura de novos cursos de medicina que não se enquadram na Lei do Programa Mais Médicos. O setor tem sustentado o seu crescimento pautado em iniciativas voltadas ao setor premium. 

Com as ações da Petrobras pressionadas e conversas sobre mudanças nas leis das estatais, os papéis do Banco do Brasil também sentiram o baque. Confira também as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
COGN3Cogna ONR$ 2,20-4,76%
BBAS3Banco do Brasil ONR$ 33,05-3,90%
YDUQ3Yduqs ONR$ 13,16-3,52%
CPFE3CPFL Energia ONR$ 32,48-3,30%
LREN3Lojas Renner ONR$ 23,15-3,02%
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