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Com os olhos voltados para a Europa, dólar cai a R$ 4,91 e commodities salvam o Ibovespa; NY volta a fechar no vermelho

A volatilidade é inerente ao mercado financeiro, mas existem momentos em que ela se torna ainda mais pronunciada e até espanta. 

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Não há como negar que estamos em um momento delicado e de alta incerteza. Existe uma guerra na Europa, uma pandemia ameaçadora na China e sinais de que a maior economia do mundo passa por apuros – e nenhum desses elementos costuma deixar os investidores sorrindo à toa. 

Diante de um cenário com tantas incertezas, dias bons são mais limitados. As bolsas americanas reduziram o ritmo de queda que vinha sendo observado nos últimos dias, mas ainda assim não conseguiram fôlego para fechar no azul.

O Ibovespa, no entanto, foi na contramão. O principal índice da B3 conseguiu fechar o dia em alta de 0,71%, aos 107.005 pontos, muito ajudado pelo enfraquecimento do dólar em escala global e pelo sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) para o processo de privatização da Eletrobras. 

A moeda americana foi uma das maiores penalizadas após o Banco Central Europeu deixar claro que a elevação de juros deve se iniciar assim que o seu programa de compra de ativos se encerrar – e esse não deve ser um processo lento. 

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A valorização da libra e do euro pesou, mas as apostas cada vez mais altas de que os Estados Unidos correm o risco de encarar uma nova recessão também tiveram voz. 

As revisões cada vez menos otimistas para a economia americana fazem com que os investidores não consolidem suas apostas para o futuro do Federal Reserve – uma hora o posicionamento tende a ser agressivo, mas em outras, o mercado duvida que o Fed coloque o pescoço do Tio Sam em jogo.  

Com isso, as commodities conseguiram um dia de valorização – amplamente benéfico para o Ibovespa, mas também para nossa balança comercial. O dólar à vista encerrou o dia em queda de 1,32%, a R$ 4,9168. O mercado de juros operou em queda.

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F23DI jan/2313,29%13,33%
DI1F25DI Jan/2512,24%12,37%
DI1F26DI Jan/2612,03%12,20%
DI1F27DI Jan/2711,98%12,16%

Sobe ou não sobe?

O Banco Central Europeu foi o protagonista das apostas do mercado nesta quinta-feira, quando o assunto foi o ritmo de elevação de juros. 

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De forma mais clara do que vinha sendo feito, o BCE afirmou que pode começar a subir juros assim que o programa de compra de ativos for encerrado. As declarações foram feitas na ata da última reunião de política monetária da instituição, quando a taxa de juros se manteve inalterada. 

Além disso, o BC europeu indicou que o aperto monetário deve seguir por "algum tempo", tendo como objetivo o controle inflacionário. 

A divulgação do documento fortaleceu moedas europeias – como a libra e o euro. 

Sobe e desce do Ibovespa

O minério de ferro apresentou leve alta durante a madrugada, mas o que impulsionou as ações da CSN Mineração e da CSN foram os programas de recompra de ações anunciados pelas empresas. Confira as maiores altas do dia:

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CÓDIGONOMEVALORVAR
CMIN3CSN Mineração ONR$ 4,448,82%
CSNA3CSN ONR$ 18,866,98%
BIDI11Banco Inter unitR$ 15,125,59%
LWSA3Locaweb ONR$ 7,075,52%
USIM5Usiminas PNAR$ 10,935,30%

Apesar de a Hapvida ter recuperado terreno na sessão de ontem, após ter anunciado a aprovação de um programa de recompra, a operadora de saúde voltou a operar em queda, ainda repercutindo, em partes, o balanço ruim apresentado no primeiro trimestre. Confira também as maiores quedas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEVALORVAR
PETZ3Petz ONR$ 12,77-5,13%
HAPV3Hapvida ONR$ 6,53-4,11%
WEGE3Weg ONR$ 25,52-3,44%
DXCO3Dexco ONR$ 11,43-3,05%
VBBR3VIBRA energia ONR$ 19,19-1,99%

*Contribuição de Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos

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