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Credit Suisse derruba em 40% projeção para ações da Hapvida (HAPV3), mas segue recomendando compra

Hospital Eugênia Pinheiro, da Hapvida

Hospital Eugênia Pinheiro, da Hapvida

Com quase metade do ano ficando para trás, já deu para notar que em muitos setores as incertezas macroeconômicas superam a confiança do mercado no modelo de negócio de uma companhia – o que explica muitas queridinhas da bolsa estarem em queda livre em 2022. Uma dessas empresas é a Hapvida (HAPV3).

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A operadora de saúde foi a responsável por liderar a expansão do setor de saúde nos últimos anos, mas acumula uma queda superior a 50% em 2022. Apesar da queda recente, os analistas Maurício Cepeda e Pedro Caravina, do Credit Suisse, mantêm a recomendação de compra para os papéis – mas com um preço-alvo bem mais baixo do que o inicial. 

Em relatório divulgado nesta terça-feira (28), o banco suíço cortou sua projeção para as ações da Hapvida em mais de 40%, de R$ 16,70 para R$ 9,50. Embora o novo número siga indicando uma valorização de 70%, os papéis de HAPV3 exibem forte queda. Hoje, as ações fecharam com baixa de 5,78%, cotadas a R$ 5,22.

Hapvida (HAPV3): Não tenha pressa para lucrar

O Credit Suisse reforçou a sua recomendação de compra, mas isso não é um sinal de que os investidores devam esperar realizar lucros no curto prazo. Os analistas do banco apontam que pelo menos pelos próximos seis meses é improvável que algum gatilho positivo impacte os papéis. 

A empresa deve ver a inflação pressionando as margens enquanto existe pouco espaço para reajuste nos preços dos planos, isso sem falar na dificuldade de crescimento orgânico – ponto que desagradou os especialistas nos últimos balanços divulgados pela companhia. 

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A fusão com a NotreDame Intermédica (ex-GNDI3) também segue pressionando os custos da companhia enquanto as duas empresas intensificam as sinergias entre os negócios. Segundo os cálculos dos analistas, o programa de stock options não necessariamente afeta a receita, mas faz parte do balanço contábil. 

Do ponto de vista operacional, a empresa deve seguir sendo negativamente impactada pela alta da inflação e uma sinistralidade mais alta de players adquiridos nos últimos anos nos próximos trimestres – o que pressiona os múltiplos, mas não altera a tese de investimento. 

No relatório, os analistas apontam que um reajuste mais rápido que o esperado e uma recuperação do crescimento orgânico podem ser gatilhos significativos para a alta do papel, mas é preciso monitorar o crescimento da competição no setor e o impacto que a perda de renda pela inflação pode gerar. 

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