Na reta final do ano, muitas pessoas colocam à mesa os planos que desejam começar ou continuar no próximo período — e o que querem deixar para trás. A CCR (CCRO3) entrou no clima de revisão e anunciou mudanças no portfólio para o início de 2023.
A empresa de infraestrutura e mobilidade firmou um acordo de venda total da sua subsidiária de serviços de comunicação e multimídia, a Samm, para a Luna Fibra S.A. O valor do negócio é de R$ 245 milhões.
A transação faz parte da “estratégia contínua de revisão de portfólio e alocação de capital”, segundo a CCR (CCRO3), e está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores — dentre eles, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
E os investidores parecem ter aprovado a mudança. As ações da empresa de infraestrutura fecharam o dia em alta de 2,56%, negociadas a R$ 10,82. Acompanhe a cobertura completa de mercados.
CCR (CCRO3): comprar ou vender?
A CCR (CCRO3) não é uma das ações preferidas dos bancos no setor de transportes, mas tem o seu lugar. Tanto o Santander quanto o Bradesco BBI consideram os papéis CCRO3 como “outperform”, o equivalente a uma recomendação de compra, com o preço-alvo de R$ 16,00.
Em relatório recente, o Santander afirmou que a companhia é uma forte concorrente da EcoRodovias (ECOR3) — uma das empresas preferidas do setor pelo banco, atrás apenas de Rumo (RAIL3) — em leilões das rodovias brasileiras.
“A CCR tem um espaço significativo em seu balanço que lhe permitirá continuar navegando no grande pipeline de leilões de infraestrutura programado para os próximos anos, enquanto a atual posição de alavancagem da Ecorodovias atua como uma restrição na licitação de novos projetos”, escrevem os analistas Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem, que assinam o relatório do Santander.
Vale ressaltar que a CCR controla 10 concessões de rodovias — AutoBan, NovaDutra, Rodonorte, Via Lagos, ViaOeste, RodoAnel, SPVias, ViaRio, MSVia e ViaSul. Além disso, a empresa detém:
- 40% de participação na Renovias — concessão de rodovia com 346 km;
- 75% de participação no consórcio ViaQuatro, que opera a Linha 4 do Metrô de São Paulo;
- 38% de participação na BH Airport — aeroporto com 10,4 milhões de passageiros por ano) e;
- 100% de participação no Metrô Bahia — Metrô da Bahia com 41 km.