Há uma semana, a Amazon frustrou os investidores com a divulgação dos resultados trimestrais e, como parte da “contenção de gastos”, anunciou nesta quinta-feira (3), o congelamento de contratações na área corporativa, por tempo indeterminado.
Em um e-mail interno enviado aos funcionários, a chefe de recursos humanos, Beth Galetti, afirmou que a empresa passou a restringir as contratações em razão da piora das perspectivas econômicas.
“Prevemos manter essa pausa nos próximos meses e continuaremos monitorando o que estamos vendo na economia e nos negócios para ajustar conforme acharmos que faz sentido”, disse Galetti.
Contudo, a executiva não descartou a possibilidade de que novos colaboradores sejam admitidos nos próximos meses — ainda que de forma pontual.
No último trimestre, o número de funcionários da Amazon cresceu apenas 5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, sendo que o quadro de funcionários é formado por 1,5 milhão de colaboradores em todo o mundo.
“Ainda pretendemos contratar um número significativo de pessoas em 2023 e continuamos entusiasmados com nossos investimentos significativos em nossos negócios maiores, bem como com iniciativas mais recentes como Prime Video, Alexa, Grocery, Kuiper, Zoox e Healthcare”, disse Galetti no e-mail interno.
A big tech fundada por Jeff Bezos já havia anunciado no mês passado que iria congelar a contratação de profissionais em seus negócios de varejo.
Por fim, as ações da Amazon encerraram as negociações em Nova York em queda de 3,06%, cotada a US$ 89,30.
Amazon frustrou os investidores
No terceiro trimestre deste ano, Amazon acumulou um prejuízo de US$ 3 bilhões entre janeiro e setembro, revertendo o lucro líquido de US$ 19 bilhões registrado nos primeiros noves meses de 2021. O balanço foi divulgado em 27 de outubro.
Já as vendas líquidas avançaram 14,7% ante o 3T21 e chegaram a US$ 127,1 bilhões, mas ficaram abaixo das expectativas do mercado. No acumulado de 2022 a alta foi mais tímida, de 9,74%, para US$ 364,8 bilhões. Mas, de acordo com o analista, a grande decepção do mercado foi o guidance da companhia.
*Com informações de CNBC e Dow Jones Newswires