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Segredos da Bolsa: bancões dos EUA divulgam balanços e inflação ganha holofotes locais

Logo do J.P. Morgan na tela de um computador

O Ibovespa enfim renovou as suas máximas de fechamento na semana que passou (e por duas vezes, ainda por cima!) e deve buscar novos picos nos próximos dias.

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O índice recebeu um empurrão de um exterior positivo ao longo da semana, com as bolsas americanas renovando recordes de encerramento após a certificação de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos e o controle do Congresso por parte dos democratas.

Tais fatores dão aos investidores a perspectiva de que não vai faltar liquidez na praça, com mais estímulos fiscais à frente. E qualquer notícia sobre algum encaminhamento nesse sentido vai mexer com o seu dinheiro, não tenha dúvidas.

Mas não só as bolsas em Nova York tiveram boas histórias para contar nos últimos dias — em que pese a invasão do Capitólio, em Washington, na quarta passada (6).

A semana do Ibovespa: avanço de aproximadamente 5 mil pontos, finalizando a sexta-feira perto das máximas do período

As commodities também brilharam, em meio ao progresso da vacinação pelo mundo (apesar da alta nos casos de coronavírus) e a tendência de retomada da economia global, e, como o Brasil pode ser tanto chamado país do futebol como das matérias-primas, a valorização dessas mercadorias foi fundamental no desempenho do índice.

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O minério de ferro e o petróleo fizeram crucial diferença para o Ibovespa, puxando as ações das gigantes Vale e Petrobras, que estão entre as principais participações na carteira do índice. O papel da mineradora se valorizou 16,6% na semana, e os da Petrobras, 9,8%.

Entre as principais valorizações, as ações de empresas de siderurgia foram destaque mais uma vez: CSN ON disparou quase 22% no período, também na esteira do minério de ferro e na retomada econômica na China e aqui, com a perspectiva positiva pela demanda por aço.

Com isso, o índice acionário fechou a semana aos 125.076,63 pontos ao longo da semana, marcando novos recordes de fim de dia.

CÓDIGOEMPRESAPREÇO (R$)VARIAÇÃO SEMANAL
CSNA3CSN ON           38,76 21,70%
BRAP4Bradespar PN           76,77 20,50%
GGBR4Gerdau PN           29,10 19,02%
WEGE3Weg ON           89,78 18,54%
GNDI3Intermédica ON           91,40 16,67%
VALE3Vale ON         102,00 16,64%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PN           12,88 14,39%
USIM5Usiminas PNA           16,51 13,00%
KLBN11Klabin units           29,28 10,62%
HAPV3Hapvida ON           16,78 10,10%

A atual semana dará atenção aos primeiros dados corporativos nos Estados Unidos. Por aqui, teremos uma agenda macroeconômica em destaque, com a divulgação da inflação fechada do ano de 2020.

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Bancões em cena no exterior

Alguns dos maiores bancos do mundo vão divulgar os seus dados corporativos nesta semana.

Os dados são referentes ao quarto trimestre de 2020 e também compilarão o resultado do ano, tomando 2019 como base de comparação.

A tendência é que o último quarto de ano dessas instituições continue mostrando melhora nas métricas de provisionamento e de lucros na comparação com trimestres imediatamente anteriores, embora não sejam lá tão boas quando medidas contra o ano retrasado. Afinal, a pandemia fez uma baita diferença.

O JPMorgan lidera a bateria de três bancões americanos, composta também por Wells Fargo e Citigroup.

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Além disso, o calendário externo traz à tona dados de núcleo de inflação (que desconsidera os preços de alimentos e energia) dos Estados Unidos, além do número semanal de pedidos de seguro-desemprego.

Veja o calendário do exterior:

Inflação é destaque na agenda doméstica

O mundo corporativo, diferentemente do que ocorre lá fora, não é destaque aqui nesta semana. Os olhos dos investidores estarão, sim, voltados à macroeconomia.

Isto porque a inflação oficial do país fechada para o ano de 2020 será divulgada. Crucial será observar o desempenho do grupo de alimentação e bebidas, cujo peso tem sido importante na aceleração recente da alta dos preços.

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Em novembro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) avançou 0,89%, um número maior do que o esperado pelos analistas do mercado.

Naquela ocasião, o IPCA acumulado em 12 meses ultrapassou pela primeira vez desde fevereiro o centro da meta de inflação para 2020, de 4,0%, alcançando 4,31%.

Confira o que a agenda doméstica reserva para a semana dos mercados:

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