A Águas do Brasil levou o bloco 3 da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), com o lance de R$ 2,201 bilhões. O ágio da proposta foi de 90%. O leilão, realizado nesta quarta-feira na B3, em São Paulo, tinha outorga mínima de R$ 1,16 bilhão.
Apenas duas empresas apresentaram propostas para o certame. Além da Águas do Brasil, a Aegea Saneamento apresentou proposta no valor de R$ 1,572 bilhão (ágio de 35,7%). Como a diferença entre as propostas foi superior a 20%, não houve disputa por viva-voz.
Com o resultado, a Águas do Brasil assume o serviço de saneamento básico de uma área formada por bairros da zona oeste do município do Rio de Janeiro e mais 20 cidades fluminenses.
A área que não recebeu propostas em abril, conhecida como "bloco 3", foi reformulada e ampliada - e acabou arrematada nesta quarta-feira. No desenho inicial, o bloco incluía seis cidades do interior e os bairros da zona oeste da capital.
A empresa vencedora terá que investir R$ 4,7 bilhões ao longo dos 35 anos de contrato de concessão para universalizar água e esgoto nas áreas concedidas.
Esta foi a segunda rodada de concessões de saneamento pelo governo estadual do Rio em 2021. Em abril, foram a leilão quatro blocos separados da Cedae, com investimento total de R$ 30 bilhões em obras.
Dessas quatro áreas ofertadas, três foram arrematadas naquele leilão, com outorgas que somaram R$ 22,7 bilhões, mais do que o dobro do valor mínimo de R$ 10 bilhões.