A MRV Engenharia (MRVE3) confirmou o bom momento vivido pelo setor de construção e incorporação de baixa renda. Há pouco, a companhia mineira revelou seus números referentes segundo trimestre de 2021, reportando lucro líquido de R$ 203 milhões — um aumento de 86% em relação ao mesmo período do ano passado.
O mercado já tinha expectativas positivas para o resultado da MRV entre abril e junho. A prévia operacional, divulgada em julho, mostrava vendas líquidas de R$ 2,06 bilhões — um desempenho recorde para a MRV. Os lançamentos também atingiram uma nova máxima em bases trimestrais, totalizando R$ 2,4 bilhões em valor geral de vendas (VGV).
A receita líquida do grupo MRV — que engloba MRV, Urba, Luggo e AHS — chegou a R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre do ano, um crescimento de 9,7% na base anual. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 30%, indo a R$ 296 milhões.
Veja abaixo como se comportaram as margens da MRV Engenharia no trimestre:
- Margem bruta: 25,4% (era 28,2% no 2T20);
- Margem Ebitda: 16,3% (era 13,8% no 2T20);
- Margem líquida: 11,2% (era 6,6% no 2T20).
MRV (MRVE3): dívida e alavancagem
A MRV Engenharia fechou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 2,4 bilhões, praticamente estável em relação aos níveis de março e 13,9% acima do patamar visto no fim do segundo trimestre de 2020. A alavancagem, medida pela relação entre endividamento líquido e Ebitda nos últimos 12 meses, ficou em 2,24 vezes — ao fim de março, era de 2,44 vezes.
A MRV reportou queima de caixa de R$ 30 milhões no trimestre. É um montante bem menor que os R$ 384 milhões consumidos entre janeiro e março, mas que fica aquém da geração de R$ 68 milhões no segundo trimestre do ano passado.