As operações de todas as unidades da JBS nos Estados Unidos serão normalizadas ainda hoje, de acordo com comunicado enviado pela companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
"A JBS USA e a Pilgrim's continuam a fazer progressos significativos na restauração de nossos sistemas de tecnologia da informação e no retorno dos negócios ao normal”, diz André Nogueira, CEO da JBS USA.
A empresa foi alvo de um ataque hacker no fim de semana que afetou as operações das unidades na América do Norte e na Austrália, forçando paralisações totais ou parciais nos últimos dias. Segundo a JBS, não há evidência de que dados de clientes, fornecedores ou funcionários tenham sido comprometidos.
Embora a origem do ataque não tenha sido confirmada oficialmente, a JBS suspeita que hackers russos estejam envolvidos no incidente.
Biden e Putin
A Casa Branca informou ontem que o ataque cibernético à JBS será um dos assuntos que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discutirá com o mandatário da Rússia, Vladimir Putin, em um encontro presencial neste mês.
"O presidente Biden certamente pensa que o presidente Putin e o governo russo têm um papel a desempenhar para prevenir esses ataques", declarou a porta-voz Jen Psaki durante uma coletiva de imprensa.
Segundo a assessora, o ataque à JBS é um "lembrete" de que as empresas privadas precisam aumentar a segurança cibernética. "Não estamos retirando nada da mesa em termos de como podemos responder a isso", acrescentou Psaki.
A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, informou que a empresa está recebendo assistência do governo americano. Em conversa com repórteres, a porta-voz explicou que a companhia foi alvo de uma ofensiva ransomware, em que os criminosos bloqueiam acesso ao sistema infectado e cobram uma espécie de resgate para a liberação.
Biden e Putin se reunirão presencialmente em 16 de junho. O encontro ocorrerá em Genebra, na Suíça.
*Com Estadão Conteúdo