As companhias de energia Eneva e Engie Brasil, a varejista de moda Hering e o Burger King Brasil são alguns dos destaques da temporada de balanços nesta sexta-feira (6).
As empresas reportaram os resultados do segundo trimestre, depois de na quinta (5) o Ibovespa fechar em queda de 0,14%, aos 121.632 pontos e o dólar à vista subir 0,57%, a R$ 5,2106.
Veja os destaques de cada balanço:
Eneva: lucro impulsionado pela crise
A Eneva registrou lucro líquido de R$ 118,1 milhões no segundo trimestre do ano, uma alta de 37,7%.
A empresa atribuiu o resultado ao aumento do despacho térmico em motivado pela crise hídrica, já que a remuneração da empresa acaba sendo maior em função da energia gerada.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 31,4% no período. A Eneva obteve receita líquida de R$ 962,5 milhões, valor 85,6% maior que o visto no mesmo período de 2020.
Engie Brasil: impacto de IPG-M
A Engie Brasil reportou lucro líquido de R$ 319 milhões, queda de 58,4% em comparação anual.
O resultado é reflexo de uma atualização das concessões a pagar, corrigidas pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e por efeitos não recorrentes.
O Ebitda consolidado ficou em R$ 1,4 bilhão, recuo de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O preço de venda de energia foi de R$ 205,35 por megawatt-hora (MWh), alta de 4,9%.
A produção de energia avançou 51,4% no período, para 7.242 gigawatts-hora (GWh).
Hering: queda de lucro, sem créditos de PIS e Cofins
A Cia. Hering apresentou lucro líquido de R$ 7,1 milhões no segundo trimestre. O número significa uma retração de 94,4% se comparado ao registrado no mesmo período de 2020
A queda se relaciona aos créditos de PIS e Cofins reconhecidos no balanço de um ano atrás, que puxou os números daquele trimestre para cima.
O Ebitda foi de R$ 21,8 milhões, queda de 70% em relação ao informado um ano antes. "Excluindo os efeitos não recorrentes e participação nos lucros, o Ebitda corrente foi de R$ 35,5 milhões, crescimento de R$ 77 milhões.
A receita líquida da companhia foi de cerca de R$ 353 milhões, alta de 197%.
Burger King Brasil: novo prejuízo
O Burger King Brasil voltou a registrar prejuízo líquido no segundo trimestre de 2021, no valor de R$ 97,1 milhões, 48% menor na comparação com o mesmo intervalo de 2020.
A soma do Ebitda foi positiva: R$ 3,1 milhões de abril a junho, desempenho que ajudou a reverter o indicador negativo do mesmo período do ano passado, de R$ 96,3 milhões.
A rede de fast-food também apresentou aumento de 94% na receita operacional líquida no último trimestre, somando R$ 567,9 milhões.
Com a pandemia, a companhia foi significativamente impactada com cerca de 40% das operações fechadas, levando o negócio a atingir aproximadamente 65% de vendas do período pré-pandemia na segunda quinzena de abril.
Ao final do segundo trimestre, o Burger King Brasil encerrou com um total de 870 restaurantes Burger King e 49 restaurantes Popeyes, com abertura líquida de 8 lojas (10 aberturas e 2 fechamentos). O grupo encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 318,1 milhões, queda anual de 9,9%.
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*Com Estadão Conteúdo