Na disputa por concessões de infraestrutura que devem ser lançadas pelo governo entre este e o próximo ano, o nível de caixa será um fator decisivo. E a EcoRodovias conseguiu um bom reforço ao finalizar sua oferta de ações subsequente (follow on).
No total, a operação movimentou R$ 1,97 bilhão, com o preço por ação determinado em R$ 12,50. Ontem, o papel fechou cotado a R$ 12,77.
Do montante total, R$ 240 milhões ficarão com a Primav, acionista da EcoRodovias, que vendeu 20 milhões de papéis.
Assim, o valor que entrará no caixa da empresa será de R$ 1,72 bilhão. E deste total, R$ 1,2 bilhão ficaram com o grupo Igli, que firmou compromisso de investimento para participar da operação.
Assim, o Igli passa a ser controlador da EcoRodovias, com 51,2% de participação no capital.
O grupo Igli é uma subsidiária da italiana ASTM, e já fazia parte do grupo de controle da EcoRodovias juntamente com a Primav. A partir da reestruturação resultante da oferta de ações, o Igli passa a ter a maior fatia do capital da empresa de concessões.
Segundo a EcoRodovias, do valor total captado, 15% vão para o caixa, e o restante será direcionado para investimentos, sejam em concessões já administradas ou em novos projetos.
A oferta provocou também mudanças no conselho de administração da EcoRodovias. Apresentaram suas renúncias César Beltrão de Almeida, João Alberto Gomes Bernacchio e Eros Gradowski Junior como membros do colegiado.
Marco Antônio Cassou também renunciou, mas permanece no conselho até a eleição do seu substituto. A companhia ainda vai convocar assembleia de acionistas para eleger novos conselheiros.
As novas ações vendidas na oferta começam a ser negociadas na B3 nesta quinta, 24.