A empresa de programas de fidelidade Dotz retomou o processo de abertura de capital, interrompido em 13 de maio, mas restringindo a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) a um grupo de até 75 grandes investidores.
A distribuição inicial será de 29,6 milhões de ações, com faixa indicativa de preço entre R$ 13,20 e R$ 16,20, mas a empresa pode levantar até R$ 620 milhões — considerando o preço médio da faixa indicativa, de R$ 14,70, e a venda de um lote suplementar e adicional.
O montante chegaria a R$ 435,1 milhões, sem considerar as ações adicionais e suplementares. O preço por ação deve ser definido nesta quinta-feira (27) e a companhia estreia na B3 no próximo dia 31, conforme cronograma divulgado pela empresa.
Em um primeiro momento, o plano da Dotz era movimentar R$ 1,1 bilhão na oferta, mas empresa interrompeu o IPO por conta do mau humor do mercado — apesar da ancoragem de grandes investidores.
Para a oferta restrita, a Dotz e o acionista controlador, o fundo Ascet I, fecharam acordos com LA DZ Holdco LLC — veículo de investimento do SoftBank —, Velt Partners, Fourth Sail e o FIP San Siro — veículo de investimento da Farallon Latin America.
Caso a oferta seja realizada por um valor total de no mínimo R$ 420 milhões e com R$ 100 milhões de investidores que não os de referência, os investidores âncora devem garantir R$ 293 milhões — R$ 100 milhões do LA DZ, R$ 75 milhões da Velt, R$ 53 milhões do Fourth Sail e R$ 65 milhões do FIP San Siro.
Se o valor subscrito pelo investidores que não os de referência corresponder a R$ 70 milhões, os investidores âncora garantem R$ 278 milhões — R$ 100 milhões do LA DZ, R$ 60 milhões da Velt, R$ 53 milhões do Fourth Sail e R$ 65 milhões do FIP San Siro.
Considerando o ponto mínimo da faixa indicativa e assumindo um investimento de R$ 293 milhões pelos investidores âncora, o montante de ações objeto dos acordos chega a 22.196.969, diz a Dotz.
Os coordenadores da oferta são Banco BTG Pactual, Itaú BBA, UBS Brasil Corretora e Credit Suisse.