Os programas de recompra de ações estão em alta na B3 neste final de ano. Após JBS (JBSS3) e Aura Minerals (AURA33), CSN (CSNA3) e Via (VIIA3) também anunciaram que irão à bolsa para adquirir papéis de sua própria emissão.
A notícia animou os investidores e as companhias anotam ganhos nesta terça-feira (7), em mais um dia de recuperação do Ibovespa. Por volta das 12h38, os papéis VIIA3 avançam 1,96%, a R$ 5,72.
Já a CSN também conta com uma ajuda da disparada de 8% do minério de ferro e sobe com mais vigor, registrando ganhos de 3,73%, a R$ 25,03. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
Quantas ações serão recompradas e até quando?
De volta aos programas de recompra, no caso da Via poderão ser adquiridas até 18 milhões de ações ordinárias - o que corresponde a até 1,127% dos papéis em circulação - nos próximos 18 meses. O valor pago será calculado com base nos preços de mercado.
Segundo a varejista, o objetivo do movimento é “fazer frente aos programas de incentivo de longo prazo e retenção dos principais executivos [da Via]”.
A CSN, que encerrou recentemente um programa do mesmo gênero, irá recomprar até 30 milhões de papéis ordinários durante seis meses, terminados em 30 de junho do ano que vem. A companhia não informou qual é a relação percentual entre o montante e suas ações em circulação.
O que muda para os acionistas
Nenhuma das duas companhias especificou qual será o destino das ações recompradas. Até lá, os efeitos para os acionistas ainda são incertos. Mas os dois cenários mais prováveis você confere abaixo:
- Se os papéis foram cancelados, o acionista termina, proporcionalmente, com uma fatia maior das empresas, o que pode engordar sua contas de dividendos;
- Se os ativos permanecerem guardados na tesouraria para uma oferta no futuro, o acionista ganhará apenas após sua venda. Nesse caso, o ganho de capital fará parte do lucro das empresas, o que também influencia na distribuição de proventos.