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Varejo fraco prejudica Neogrid, e Credit Suisse rebaixa recomendação das ações, mas ainda projeta alta de 37% para NGRD3

Fachada do prédio da Neogrid (NGRD3)

Neogrid (NGRD3)

A Neogrid (NGRD3) tem uma dívida com o investidor e sabe disso. Foi o que o próprio CEO da empresa, Eduardo Ragasol, reconheceu, recentemente, em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro. E pagar essa dívida pode ficar ainda mais difícil no próximo ano, segundo as novas projeções do Credit Suisse.

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O débito em questão está ligado ao preço das ações, que recua quase 40% desde o IPO da empresa, em dezembro do ano passado. “O desempenho na B3 não tem sido bom”, reconhece Ragasol.

No pregão desta quinta-feira, os papéis NGRD3 também foram afetados pela aversão ao risco que contamina o Ibovespa e fecharam em baixa de 5,69%, a R$ 2,82.

Em meio a esse cenário, o Credit Suisse rebaixou de compra para neutra a recomendação para a Neogrid e também cortou o preço-alvo das ações.

Os analistas agora esperam que os papéis cheguem a R$ 4,00 nos próximos 12 meses, contra projeção anterior de R$ 14. Mas, apesar da queda brusca, o novo preço-alvo ainda projeta uma potencial de alta de mais de 37% para os ativos.

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Varejo abalado = Neogrid abalada?

De acordo com o banco de investimentos, um dos motivos por trás do rebaixamento das ações é a redução nas expectativas de crescimento e margens. A piora na projeção desses indicadores, por sua vez, ocorreu após um terceiro trimestre com resultados fracos.

“Por trás desse crescimento mais fraco, está o fato de que alguns dos clientes da Neogrid, principalmente varejistas, tiveram um trimestre desafiador e reduziram o número de fornecedores”, escrevem os analistas em relatório divulgado hoje.

A situação fraca no varejo também dificulta o repasse da alta de preços para os contratos já existentes com clientes que ainda sofrem com vendas abaixo do período pré-pandemia.

“Embora vejamos as soluções da Neogrid como a chave para os clientes lidarem com cadeias de suprimentos cada vez mais complexas, a inflação é um risco”, destacam os analistas.

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Com isso, o Credit Suisse também cortou para R$ 55 milhões, contra R$ 79 milhões anteriores, a expectativa para o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no próximo ano.

Para os analistas, o cenário não permite uma visão otimista para as ações: “À luz dos baixos volumes de negociação, rebaixamos [a ação] para neutro até vermos sinais de melhor impulso operacional”.

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