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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

Almoço e cafezinho

Arroz, feijão, macarrão e agora café. Camil (CAML3) compra a tradicional marca Seleto. E as ações sobem na B3

Anúncio ocorre apenas algumas semanas depois da entrada da Camil no ramo de massas por meio da aquisição da Santa Amália

Ricardo Gozzi
14 de setembro de 2021
12:49 - atualizado às 18:44
Produtos especiais costumam chegar ao consumidor em pacotes de 250g, que podem ser comprados pela internet
Cafés especiais costumam chegar ao consumidor em pacotes de 250g, que podem ser comprados pela internet - Imagem: Divulgação CJ Fotografia

A Camil Alimentos (CAML3) é mais conhecida por fornecer há décadas - e em grande escala - a mistura mais popular da cozinha brasileira: o arroz com feijão.

No que depender dos mais recentes esforços da companhia, porém, em breve os consumidores dos produtos da Camil terão muito mais a decidir do que se o feijão vai por cima ou por baixo do arroz.

Semanas depois de ter entrado no mercado de massas com a compra da Santa Amália, a Camil movimenta-se agora para entrar no segmento de café.

A empresa anunciou a aquisição da marca Seleto, nome bem tradicional quando o assunto é café, que antes pertenciam à JDE Brasil. Os mais experientes vão certamente se lembrar da antiga propaganda da empresa:

“Essa mais recente aquisição consiste em um passo importante para o ingresso da companhia no mercado de café, vindo de encontro aos seus objetivos estratégicos de aquisições de marcas e ativos no setor de consumo na América do Sul”, diz a Camil.

As ações ON da Camil listadas na B3 reagiram em forte alta à notícia e chegaram a subir mais de 3% no início da tarde de hoje, fechando em alta de 2,55%, cotada a R$ 9,64.

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Ainda resta aval do Cade

Ainda de acordo com o comunicado protocolado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a conclusão da operação ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Os valores da transação não foram informados.

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