A XP (XPBR31) fechou o terceiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 1 bilhão, um salto de 82% frente ao mesmo intervalo de 2020 e de 1% em relação ao trimestre anterior. As receitas líquidas da corretora avançaram 51% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, para R$ 3 bilhões.
Segundo o sócio e diretor financeiro da XP, Bruno Constantino, tanto lucro quanto receitas são recorde. "A despeito de sazonalmente o segundo trimestre ser de receitas maiores, fechamos com receita recorde e também lucro recorde, novamente acima de R$ 1 bilhão", destacou em conversa com jornalistas.
Os números animaram os investidores. As ações, que já haviam encerrado a quarta-feira (3) em alta, continuaram subindo nas negociações after hours em Nova York. Por volta das 19h45, os papéis avançavam 4,98%, a US$ 35,00.
Por aqui, o mercado deve reagir ao resultado no próximo pregão. Os BDRs da corretora negociados na B3 fecharam o dia em queda de 2,99%, a R$ 187,42. Veja outros destaques do balanço na comparação com o terceiro trimestre do ano passado:
- Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, da sigla em inglês) ajustado: R$ 1,2 bilhão (+61%);
- Margem bruta: 71,8% (+5,1 pontos percentuais);
- Margem líquida ajustada: 32,8% (+5,7 pontos percentuais);
Ativos sob custódia também crescem
A XP também reiterou dados divulgados previamente, mostrando que o total de ativos sob custódia atingiu R$ 789 bilhões em 30 de setembro de 2021, 40% de crescimento na comparação com o terceiro trimestre de 2020 e queda de 3% ante o trimestre anterior.
A expansão em 12 meses reflete captação líquida de R$ 219 bilhões e uma valorização de mercado de R$7 bilhões, por conta da desvalorização do mercado no terceiro trimestre de 2021. No terceiro trimestre, a captação foi de R$ 37 bilhões, uma queda de 50% se comparada aos R$ 75 bilhões captados no segundo trimestre.
Já a base de clientes ativos cresceu 25% no terceiro trimestre frente ao mesmo intervalo de 2020, e 5% se comparado ao segundo trimestre, atingindo 3,296 milhões.
"O juro mais alto não muda o cenário de captação forte, uma vez que a XP tem uma história de disrupção de longo prazo e que não depende do cenário macro. Temos um modelo de negócio resiliente e a transformação que fazemos no mercado está no inicio", afirmou Constantino.
A corretora informou que a média mensal de adições de clientes se manteve relativamente estável em 52 mil no terceiro trimestre, contra 49 mil no segundo trimestre. Por fim, a média de negociações diárias do varejo foi de 2,6 milhões no terceiro trimestre, representando uma queda de 1,5% em base anual e também trimestral.
*Com informações do Estadão Conteúdo