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Ibovespa e dólar recuam em dia indefinição em torno do auxílio emergencial

Ibovespa mercados queda

A cautela causada pela sexta-feira pré-carnaval chegou à bolsa brasileira. Com o feriado na segunda-feira (15), terça-feira (16) e quarta-feira (17) até às 13h, o investidor opta por uma postura mais defensiva.

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No radar está o feriado que também fecha as principais bolsas asiáticas (em celebração ao ano novo lunar) nos próximos dias, um clima mais pesado em Nova York e, claro, o mal-estar gerado pelas discussões em torno do auxílio emergencial.

Depois de operar em forte queda durante a manhã, o Ibovespa seguiu uma recuperação pontual das bolsas americanas e superou o recuo. Mas a instabilidade é realmente o sentimento que reina. Por volta das 16h50, o principal índice da bolsa brasileira recuava 0,20%, aos 119.060,04 pontos.

O dólar à vista também tem um dia de grande instabilidade. No mesmo horário, a moeda americana recuava 0,23%, cotado a R$ 5,3752. Enquanto pesa o risco fiscal por aqui, lá fora a moeda mantém uma trajetória de queda com a perspectiva de aprovação do novo pacote de estímulos nos Estados Unidos.

Em busca da paz

O dia começou com o ministro da Economia Paulo Guedes tentando desfazer o mal-estar que reinava em Brasília. Guedes afirmou que todos os membros da equipe econômica irão trabalhar no feriado para consolidar as duas PECs, a de Guerra e do Pacto Federativo, que garantirão a meta fiscal. “Vamos trabalhar durante o Carnaval, todo mundo, já combinamos isso. Se trabalharmos juntos, em 15 dias termina isso. O protocolo está pronto, podemos disparar tudo em 20 dias”, disse Guedes.

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara, Arthur Lira, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participaram de um almoço para tentar alinhar a situação. Porém está longe de ser o suficiente para aplacar a desconfiança do mercado com a situação.

O auxílio deve ser retomado entre março e abril, no valor de R$ 250, durante quatro parcelas. Congresso e Executivo ainda tentam alinhar a forma de financiamento da medida.

No meio dessa bola dividida, Bolsonaro também segue tentando interferir nos preços dos combustíveis de uma forma ou de outra. Segundo o presidente, ele já tem um projeto pronto que reduz o PIS/Cofins e só espera pela aprovação do ministério da Economia. 

A indefinição também reflete no mercado de juros, que operou em alta expressiva, principalmente na ponta mais longa. Confira as taxas do dia:

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Atividade econômica

O IBC-Br, uma prévia do PIB brasileiro, teve alta de 3,14% no último trimestre de 2020. Entretanto, o índice acumulou queda de 4,05% no mesmo ano, fora da faixa esperada de redução, entre 4,50% e 4,10%, dos especialistas ouvidos pelo Broadcast.

Em dezembro, o indicador de atividade da economia brasileira avançou 0,64% em relação a novembro, consolidando o oitavo mês seguido de alta. Este é o maior patamar para o indicador desde fevereiro do ano passado, quando a pandemia chegou ao Brasil.

Wall Street também instável

As bolsas americanas abriram o dia no vermelho, depois de renovarem suas máximas históricas nos últimos dias, em um movimento de realização de lucros e repercutindo os últimos balanços divulgados no exterior.

No entanto, os índices também operam com grande instabilidade, alternando entre altas e baixas.

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Os índices europeus reagem de forma mista ao péssimo resultado do PIB do Reino Unido. Foi uma queda de 9,9%, a maior em 300 anos, para o ano de 2020. O novo lockdown e o Brexit explicam o desempenho da economia britânica.

Balanços

Enquanto o Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,695 bilhões no último trimestre do ano passado, uma queda de 20,1% em relação ao mesmo período de 2019, a Usiminas, teve um aumento de 613% no lucro líquido em relação ao último trimestre de 2020..

A Lojas Renner registrou queda nos lucros do quarto trimestre, somando 354 milhões de reais, uma retração de 31%. Cosan e Sanepar também apresentaram seus números do período de outubro até dezembro de 2020 nesta sexta-feira.

Sobe e desce

A CVC, de um dos segmentos mais afetdos durante a pandemia, lidera as altas do dia após notícias de que o Ministério da Saúde deve adquirir mais doses para acelerar o processo de vacinação no país. Confira as maiores altas da sessão:

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CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
CVCB3CVC ONR$ 19,78 4,93%
PRIO3PetroRio ONR$ 79,81 3,21%
CSNA3CSN ONR$ 33,47 1,36%
PCAR3GPA ONR$  88,66 1,29%
ELET3Eletrobras ONR$ 30,11 1,45%

Na ponta contrária, o destaque negativo fica com a Cielo, a companhia sofre com duas notícias relevantes. A primeira foi a redução da participação da 3G Radarna empresa. A segunda é sobre a desconfiança do mercado sobre a falta de interesse do Banco do Brasil em se desfazer da companhia, Confira as principais quedas do índice nesta sexta-feira:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
CIEL3Cielo ONR$ 3,67 -6,38%
BRDT3BR Distribuidora ONR$ 21,94 -3,13%
HAPV3Hapvida ONR$ 17,14 -2,72%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 108,87 -2,45%
GNDI3Intermédica ONR$ 94,57 -1,98%
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