Quantos anos você teria que trabalhar para juntar US$ 36,2 bilhões (cerca de R$ 201 bilhões)? A maioria dos brasileiros precisaria de mais vidas que um gato e, mesmo assim, grande parte não conseguiria acumular tanto dinheiro e bens.
Para Elon Musk, no entanto, bastou apenas um dia para que a quantia fosse adicionada ao seu patrimônio. O bilionário bateu o recorde de enriquecimento em 24 horas, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg, graças ao último rali das ações da Tesla.
Após o anúncio de que a locadora Hertz pretende adquirir 100 mil veículos da marca em um negócio de US$ 4,2 bilhões, os papéis da montadora de carros elétricos fundada por Musk dispararam e a empresa ultrapassou os US$ 1 trilhão em valor de mercado.
A companhia se junta a um clube com mais cinco membros. Além dela, apenas a Alphabet, que controla o Google, Apple, Amazon, Facebook e Microsoft atingiram a marca.
Com isso, a fortuna de Elon Musk, cujo salário como CEO da empresa é pago basicamente em opções de compra das ações, também disparou para níveis históricos e o levou de volta ao topo da lista de pessoas mais ricas do mundo.
Não tem para ninguém
A Bloomberg estima que, com o movimento, seu patrimônio chegou a US$ 288,6 bilhões. A cifra é superior ao valor de mercado de empresas rivais da Tesla, como a Toyota (US$ 282 bilhões), General Motors (US$ 83,9 bilhões) e Ford (US$ 62,8 bilhões).
A bolada também ultrapassa, de longe, a fortuna do segundo colocado entre os mais ricos. O patrimônio de Jeff Bezos, fundador da Amazon e rival do CEO da Tesla, ficou quase US$ 100 bilhões atrás, com US$ 192,6 bilhões. Confira as primeiras cinco posições do ranking da Bloomberg:
- Elon Musk: US$ 289 bilhões;
- Jeff Bezos: US$ 193 bilhões;
- Bernard Arnault: US$ 163 bilhões;
- Bill Gates: US$ 134 bilhões;
- Larry Page: US$ 123 bilhões;
Contrato vantajoso
E Elon Musk, que possui cerca de 20% das ações da empresa atualmente, pode aumentar ainda mais a distância de outros bilionários com seu plano de remuneração.
O documento prevê que o executivo tem direito a comprar 8,4 milhões de papéis por US$ 70 - um valor bem inferior à cotação atual, que já ultrapassa os US$ 1.000 - cada vez que a empresa atinge um determinado marco de capitalização ou incrementa indicadores econômicos definidos pelo documento.
O pacote inteiro, que é dividido em 12 fases, dá direito a um total de 101,2 milhões de ativos, o equivalente a US$ 103,7 bilhões, que devem ser detidas por cinco anos após sua concessão.