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Na contramão de NY, Ibovespa recua com pressão de riscos internos; dólar avança mais de 1%

Montagem do Congresso Nacional com desenhos de um touro e um urso, sinalizando as instabilidades geradas pelo risco político ao desempenho da bolsa

Dados dos mercados de trabalho brasileiro e americano disputam espaço com a crise política aos olhos dos investidores nesta quarta-feira (30), no último pregão do semestre. 

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As bolsas americanas operam sem forças, mas no azul. O Ibovespa, no entanto, não consegue acompanhar o ritmo. No cenário interno, as denúncias de corrupção envolvendo membros importantes do governo federal trazem incertezas, se somando ao já difícil cenário de recuperação econômica. 

Por volta das 16h30, o Ibovespa operava em queda de 0,31%, aos 126.929 pontos. O dólar à vista também fica pressionado pela formação da última taxa Ptax de junho, retornando a casa dos R$ 5,00 na primeira etapa do pregão. No mesmo horário, a moeda americana avançava 0,87%, a R$ 4,9855. No mercado de juros, o dia é de leve alta. Confira:

A cautela não é uma exclusividade do mercado brasileiro. Lá fora, a variante delta segue preocupando e segurando o fôlego dos investidores. 

Ruídos doméstico

Pela manhã, o IBGE divulgou a PNAD Contínua, que mostrou uma taxa de desemprego em linha com o esperado pelo mercado, na marca de 14,7%. O cenário interno também fica pressionado pela denúncia feita ontem pelo jornal Folha de São Paulo. Segundo o veículo, o responsável pela negociação dos contratos de vacina cobrou cerca de US$ 1 por dose como propina. A CPI da Covid deve ouvir os envolvidos no caso na semana que vem.

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Ainda que o governo consiga contornar o caso, a situação piora o clima no Congresso Nacional, dificultando não só o andamento de reformas como também as negociações dentro do Congresso Nacional. 

A crise política não é a única no radar. A crise hídrica também pressiona os negócios, já que a elevação da tarifa de energia deve ter um impacto negativo no IPCA, acelerando ainda mais o aumento dos preços,

Ainda engasgado

Falando em reformas, o projeto de reforma tributária segue trazendo um clima extra de cautela. Ainda que a Petrobras apare parte das perdas com o seu bom desempenho no pregão de hoje, os bancos pesam na bolsa brasileira. O que mais incomoda os investidores é a proposta de tributar dividendos em até 20% e a extinção de distribuição de juros sobre capital próprio (JCP). 

Aquecimento 

O grande evento da semana será na sexta-feira (2), com a divulgação do payroll, o relatório de emprego que é um dos principais termômetros para a recuperação econômica americana. Hoje, no entanto, os investidores tiveram uma ‘prévia’ do que pode vir por aí. 

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Os dados da geração de empregos privados (ADP, em inglês) vieram acima do esperado. Em junho, foram criados 692 mil postos de trabalho, acima da expectativa de 550 mil. Contudo, o Departamento de Trabalho dos EUA revisou a geração de empregos em maio, de 978 mil para 886 mil. 

Sobe e desce

O Banco Inter segue colhendo os frutos da sua oferta de ações bem-sucedida e segue na ponta do índice. Na sequência, temos as ações de PetroRio e Petrobras, que acompanham o movimento do petróleo no mercado internacional. No caso da Embraer, a companhia repercute a entrega do primeiro jato em parceria com a Porsche. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
BIDI11Banco Inter unitR$ 76,753,96%
PRIO3PetroRio ONR$ 19,603,27%
PETR3Petrobras ONR$ 30,151,58%
IGTA3Iguatemi ONR$ 39,951,40%
EMBR3Embraer ONR$ 18,861,34%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
BTOW3B2W ONR$ 66,40-3,60%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 21,52-3,15%
LWSA3Locaweb ONR$ 26,80-3,07%
WEGE3Weg ONR$ 33,67-2,97%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 21,03-2,95%
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