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Light corta a luz de prédios da prefeitura do Rio, e Paes diz que a empresa é ‘vagabunda’

Montagem mostrando o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, entrando em disputa com a Light (LIGT3)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), não está nada contente com a Light (LIGT3). A distribuidora de energia elétrica cortou a luz de 66 prédios da prefeitura da capital fluminense por causa de dívidas ativas que chegam a R$ 261 milhões — entre os pontos afetados, destaque para o Parque Olímpico, um dos locais de vacinação contra a Covid-19 na cidade.

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Via Twitter, Paes fez duros ataques à empresa, chamando-a de 'vagabunda' e insinuando que o corte é uma espécie de chantagem contra a prefeitura:

Numa segunda postagem no Twitter, Eduardo Paes disse que "A vagabundagem da @lightclientes mata!", fazendo referência ao corte de energia no Parque Olímpico

A Light atua como distribuidora de energia para 31 municípios do Rio de Janeiro, incluindo a capital. Segundo reportagem da TV Globo, R$ 61 milhões do saldo devido pela prefeitura estão relacionados às contas de 2021.

A fúria de Paes contra a Light continuou fora das redes sociais. Em coletiva de imprensa nesta manhã, o prefeito disse que a empresa adotou uma "estratégia de guerra" para receber o pagamento antes de outros fornecedores; segundo ele, há um programa ativo de parcelamento das dívidas das prefeituras com seus credores, e que a ordem de quitação dos compromissos segue princípios transparentes.

"Empresas maiores, poderosas, como a Light, acham que mandam um WhatsApp para o prefeito, para o secretário, e vão resolver seu problema na frente dos outros", disse Paes, durante a apresentação do boletim epidemiológico do Rio. "A Light comprou uma briga desnecessária com a prefeitura".

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Light (LIGT3) versus Paes e prefeitura do Rio: o que diz a empresa

Procurada pela reportagem do Seu Dinheiro, a Light afirmou, via assessoria de imprensa, que foi procurada nesta manhã pela Secretaria Municipal de Esportes para retomar o processo de negociação de sua dívida.

"A companhia está enviando equipes aos locais para efetuar as religações, entre elas as da Arena Carioca e da Nave do Conhecimento da Penha", disse a Light, afirmando ainda que os cortes foram feitos apenas em instalações cadastradas como serviços não-essenciais — unidades de saúde não tiveram o fornecimento afetado.

A distribuidora ainda disse que vem fazendo reuniões com a prefeitura do Rio desde fevereiro, tendo recebido uma proposta de renegociação da dívida no dia 28 de maio. Segundo a Light, todas as unidades da prefeitura com débitos ativos receberam aviso de corte nas faturas.

A Light, inclusive, encaminhou ao Seu Dinheiro uma cópia de um reaviso de corte via carta — a empresa disse ter protocolado esse documento na prefeitura no dia 15 de setembro:

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No mercado de ações, o imbróglio entre Light e prefeitura do Rio trouxe poucos desdobramentos. As ações ON da companhia (LIGT3) operam em leve alta de 0,54% nesta sexta-feira (15), a R$ 13,04; o Ibovespa tem uma sessão positiva e avança mais de 1%.

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