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Juros avançam e dólar recua após nova alta da Selic; bolsa acelera queda com piora em NY

A quinta-feira (17) começa na ressaca da 'Super Quarta'. Ontem, os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos divulgaram as suas decisões de política monetária e elas devem repercutir ao longo desta sessão. 

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Se ontem o rendimento dos títulos do Tesouro americano dispararam em direção às máximas após o Fed sinalizar que alguns dirigentes esperam uma alta dos juros em 2023, hoje é dia de correção. O recuo dos Treasuries sustentou uma leve recuperação das bolsas americanas pela manhã, mas os índices aceleraram a queda no começo desta tarde.

Lá fora, o destaque fica com o Nasdaq, que sobe impulsionado pelas expectativas de crescimento. No cenário de Selic mais alta no Brasil, conforme a divulgação do BC local na noite de ontem, as ações do setor financeiro se beneficiam e puxam o Ibovespa para cima. Por outro lado, o recuo das empresas ligadas às commodities metálicas e o petróleo traz instabilidade aos negócios.

Com a piora do cenário em Nova York, o principal índice da bolsa brasileira acompanhou o movimento. Por volta das 16h20, o Ibovespa tinha queda de 1,04%, aos 127.909 pontos. Com um recuo do rendimento dos Treasuries no exterior, o dólar à vista tem queda firme de 0,71%, a R$ 5,0240

Ressaca da Super Quarta

O Fed fez o seu anúncio ainda no meio da tarde, com as bolsas abertas, mas o tom do comunicado não agradou, já que os dirigentes reforçaram que enxergam uma inflação aquecida e a retomada da atividade econômica, ainda que algumas fraquezas persistam. Com isso, boa parte dos membros do Fomc já aposta em um aumento dos juros em 2023, o que não agrada o mercado financeiro.

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Por aqui, a decisão do Copom foi anunciada depois do fechamento do mercado. Conforme já era esperado, o Comitê de Política Econômica do Banco Central subiu a taxa básica de juros em 0,75 ponto-percentual e sinalizou uma postura mais dura para combater a alta dos preços.

No comunicado, a instituição retirou a sinalização de que a normalização da taxa é "parcial" e indicou que busca um patamar neutro, ou seja, o suficiente para combater a alta dos preços. 

A medida faz com que o mercado, que apostava em uma Selic de 6% ao fim de 2021, comece a aumentar as suas projeções de curto prazo. Para a próxima reunião, os investidores já esperam uma alta de 1 ponto-percentual.

Com a expectativa de juros mais altos também nos EUA, a tendência é que a taxa brasileira acompanhe o movimento, em uma tentativa de manter o investimento no país atrativo. Assim, os principais contratos de DI operam em alta nesta manhã. Confira:

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Fique atento

Os investidores locais também estão de olho em Brasília e na votação da MP da Eletrobras, que deve ocorrer nesta manhã. O tema, já sensível por natureza, corre o risco de empacar após as emendas e alterações feitas pelos senadores no texto aprovado na Câmara. A inclusão ou não de ’jabutis’, questões alheias à proposta original do processo, promete ser a grande discussão do dia.  

A sessão teve início, mas foi rapidamente paralisada por meia hora. Você pode acompanhar o andamento da pauta nesta matéria.

Sobe e desce

Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
BIDI11Banco Inter unitR$ 69,405,52%
COGN3Cogna ONR$ 4,783,02%
BTOW3B2W ONR$ 73,042,76%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 20,812,46%
IRBR3IRB ONR$ 6,262,29%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
CSNA3CSN ONR$ 41,13-3,00%
BRKM5Braskem PNAR$ 55,24-2,92%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 13,61-2,44%
GGBR4Gerdau PNR$ 29,41-2,42%
PRIO3PetroRio ONR$ 19,63-2,09%
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