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Devagar, quase parando: em dia de volumes fracos, Ibovespa ignora rali de fim de ano e perde os 105 mil pontos

Carro quebrado

Carro quebrado

Mil ações subirão ao seu lado, dez mil bolsas avançarão à sua direita, mas o Ibovespa não será atingido. Em mais um dia de volumes fracos e liquidez reduzida, o principal índice da bolsa brasileira passou o dia em queda de cerca de 0,8%, e acabou fechando em baixa de 0,65%, aos 104.864 pontos, perdendo o patamar dos 105 mil pontos.

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As ações brasileiras ignoraram o bom humor externo e, depois de perderem o rali de Natal, estão em vias de perder também a pernada positiva de fim de ano.

No exterior, as bolsas asiáticas e europeias fecharam em alta, apesar da baixa liquidez, com os investidores mais tranquilos em relação à variante ômicron do coronavírus - os mercados já não esperam restrições tão duras por parte dos governos.

As notícias que têm saído sobre a pandemia, no entanto, são mistas. Por um lado, o mundo bateu um novo recorde de número de casos de covid-19 no dia de ontem (27), com o avanço global da nova cepa; por outro, as mortes pela doença não aumentaram significativamente.

Assim, o presidente americano Joe Biden revogou as restrições de viagens entre países africanos e os Estados Unidos, e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país reduziu a quarentena de infectados de dez para cinco dias. No entanto, elevou para "alto" o alerta de risco de viagem para a Argentina.

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Com tudo isso, o dia em Wall Street acabou sendo misto. Os principais indicadores do mercado acionário começaram o pregão em alta, e o S&P 500 chegou a renovar seu recorde intradiário, mas não houve força para manter a animação. No fim do pregão, o Dow Jones fechou em alta de 0,26%, enquanto o S&P 500 caiu 0,10% e o Nasdaq recuou 0,56%.

Nos mercados domésticos de câmbio e juros, o dia foi paradão. O dólar à vista alternou altas e baixas, mas sempre oscilando perto da estabilidade, e fechou com recuo modesto de 0,02%, a R$ 5,6401.

Já os principais vencimentos dos juros futuros fecharam com sinais mistos, como você pode ver a seguir:

Medidas mais suaves

Uma das principais preocupações do mercado é que, na esteira do avanço da variante ômicron, governos ao redor do mundo voltem a anunciar medidas restritivas com efeitos devastadores para a economia.

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Mas, ao menos por enquanto, os investidores podem respirar aliviados. A explosão no número de infecções não tem se refletido em aumento de mortes, o que abre espaço para que medidas menos radicais sejam testadas contra a nova cepa.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já assegurou que não pretende impor novas restrições na Inglaterra ainda em 2021. O governo voltou a recomendar o uso de máscara e o trabalho remoto, mas não há perspectivas para um lockdown integral.

Na China, o governo aposta na testagem em massa de 13 milhões de moradores da região central do país, enquanto Tailândia e Cingapura endureceram restrições à entrada de estrangeiros.

Desemprego recua

O mercado ignorou o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pela manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A pesquisa mostrou que a taxa de desemprego brasileira recuou para 12,1% no trimestre móvel encerrado em outubro, contra 12,6% nos três meses anteriores e 14,3% em igual período do ano passado.

Vale lembrar que na última sexta-feira (24), o Caged já havia apresentado saldo líquido de emprego formal positivo em 324.112 vagas em novembro.

O resultado veio abaixo da mediana das projeções do mercado, de 12,3%, mas em linha com as expectativas dos especialistas ouvidos pela Broadcast, que projetavam a taxa de desemprego entre 12% e 13,4% no período.

Sobe e desce

A queda de 2,72% nas ações da Vale (VALE3), puxada pelo recuo de 3% no preço do minério de ferro, contribuiu fortemente para a baixa no Ibovespa, dado o peso que a companhia tem no índice. A companhia chegou a ficar entre as maiores baixas do pregão nesta terça. As ações das siderúrgicas também recuaram.

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Confira as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
ASAI3Assaí ONR$ 13,10-3,96%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 5,85-3,15%
GNDI3Intermédica ONR$ 59,32-2,99%
PRIO3PetroRio ONR$ 20,05-2,95%
BPAC11BTG Pactual unitR$ 20,86-2,80%

Confira também as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
CIEL3Cielo ONR$ 2,274,13%
YDUQ3Yduqs ONR$ 20,863,94%
CVCB3CVC ONR$ 14,183,13%
BRML3BR Malls ONR$ 8,122,78%
IGTI11Iguatemi S.A.R$ 18,772,74%

*Com Estadão Conteúdo.

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