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Em contagem regressiva para decisões de juros, Ibovespa se sai melhor que NY, mas tem leve queda; dólar também recua

relógio Ibovespa

O famoso compasso de espera dos mercados

Com o primeiro dia de reuniões dos Comitês de Política Monetária do Brasil e dos Estados Unidos em andamento, o mercado financeiro entrou em um compasso de espera, na expectativa pelas respectivas decisões que serão divulgadas na Super Quarta (16). 

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Por aqui, o Ibovespa se apoiou em um fluxo positivo de entrada de estrangeiros e na alta do petróleo para reverter a cautela que reinou durante o dia. Ao fim do dia, o principal índice da bolsa brasileira teve leve queda de 0,09%, aos 130.091 pontos. No exterior, no entanto, o dia foi de queda mais expressiva. 

Na segunda etapa do pregão, o dólar à vista inverteu o sinal e passou a recuar, apoiado pelo fluxo estrangeiro e na contramão do comportamento no exterior. A moeda americana recuou 0,55%, a R$ 5,0428.

Além da tensão pré-decisão do Fed, os investidores também repercutiram dados da economia divulgados pela manhã. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) avançou 0,8% em abril, acima das expectativas. Com uma inflação menos represada, o número deve impactar também os preços ao consumidor, aumentando a pressão colocada sobre a atuação do banco central americano. 

Seguindo a tendência já observada nos últimos meses - aquecimento da inflação versus setores ainda fragilizados da economia, as vendas no varejo recuaram. A aposta para amanhã é de que o banco central americano mantenha a sua taxa de juros na mínima histórica, mas o mercado espera mudanças no comunicado, com sinais de que os dirigentes enxerguem um caráter mais permanente na alta dos preços e a indicação de mudanças nos estímulos atualmente em vigor. 

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Acompanhando o temor de que os juros se elevem antes de 2023 para conter a pressão inflacionária, o retorno dos títulos do Tesouro americano tiveram mais um dia de alta. Com isso, as bolsas americanas fecharam o dia no vermelho, um dia após o Nasdaq e o S&P 500 renovarem máximas. Hoje o Dow Jones encerrou a sessão em queda de 0,27%, o S&P 500 recuou 0,16% e o Nasdaq caiu 0,71%. 

Tic-tac-tic-tac

O mercado financeiro deve seguir em compasso de espera até a divulgação da decisão do Copom, que acontece amanhã após o fechamento do mercado (18h30). 

Por aqui, os investidores esperam um aumento de, no mínimo, 0,75 ponto-percentual na Selic, como sinalizado na última reunião. Os agentes do mercado financeiro também apostam em algumas mudanças no comunicado, como a retirada do caráter “parcial” do ajuste, sinais de que persegue (ou não) uma taxa de juros neutra e um tom mais duro com relação ao combate à inflação. 

Acompanhando o movimento de alta dos retornos dos Treasuries, nos Estados Unidos, o mercado de juros futuros brasileiro também operou em alta na ponta mais curta. Os vencimentos mais longos recuaram. Confira as taxas do dia:

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Olho no Senado

Enquanto espera sinais do futuro da política monetária, os investidores monitoram Brasília e as discussões em torno da medida provisória de privatização da Eletrobras.

A crise hídrica pressiona os senadores, que devem votar o tema amanhã. Além disso, as novas emendas apresentadas podem acabar ampliando os custos para o consumidor final, o que não agrada. O relator deve apresentar o seu parecer nesta quarta-feira (15), mas o tema precisará ser apreciado novamente pela Câmara, para a aprovação das emendas adicionadas ao texto.

Sobe e desce

Durante boa parte do dia, as ações da Eletrobras lideraram as quedas, mas a companhia conseguiu reverter o resultado ao longo do dia. Fora do Ibovespa, as ações da Fertilizantes Heringer tiveram mais um dia de queda expressiva

O Banco Inter acabou ficando com o maior recuo do dia, após confirmar os detalhes da sua nova oferta de ações. Confira as maiores quedas do principal índice da B3:

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CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
BIDI11Banco Inter unitR$ 62,12-3,09%
HGTX3Cia Hering ONR$ 34,43-2,88%
AZUL4Azul PNR$ 46,46-2,60%
LWSA3Locaweb ONR$ 26,06-2,51%
CIEL3Cielo ONR$ 3,93-2,00%

A perspectiva de alta da Selic impulsionou os papéis da SulAmérica, que atua em um segmento cujo resultado financeiro é o mais influente no desempenho da companhia, que, além disso, tem alto valor financeiro alocado na renda fixa e títulos públicos. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
SULA11SulAmérica unitsR$ 35,395,01%
PRIO3PetroRio ONR$ 20,063,51%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 122,043,02%
ECOR3Ecorodovias ONR$ 13,372,85%
BRFS3BRF ONR$ 30,012,56%
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