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Ibovespa acelera queda com pressão das commodities e clima político tenso; dólar também recua

Congresso Mercados Baixa

O combo crise hídrica, política e fiscal segue trazendo cautela ao mercado doméstico, que hoje não tem nem mesmo o otimismo internacional para dar aquela força extra.  Os primeiros minutos do Ibovespa foram no vermelho, mas o principal índice da B3 tenta se firmar em leve alta neste último pregão de agosto (31). 

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Lá fora, é o temor com a desaceleração da recuperação econômica que comanda os negócios hoje, após o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) chinês vir abaixo do esperado. Nos Estados Unidos também tivemos sinais de desaceleração. O PMI caiu de 73,4 em julho para 66,8 em agosto, bem abaixo dos 69,4 esperado pelos analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

Até agora, o dia tem sido de grande instabilidade e o Ibovespa acelerou as perdas na parte da tarde, com os olhos voltados para Brasília. A agenda do dia promete, principalmente porque termina hoje o prazo para que o governo envie ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2022.

Por volta das 16h30, o principal índice da bolsa brasileira operava em queda de 1,26%, aos 118.889 pontos. O dólar à vista temqueda de 0,47%, a R$ 5,1649. 

Outro número que é observado de perto pelos investidores nesta terça-feira é a taxa de desemprego. O índice desacelerou de 14,6% para 14,1% no segundo trimestre. Embora indique recuperação, o volume de desocupados segue elevado no país. Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, a taxa de desemprego deverá permanecer ao redor de 15% no término deste ano.

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O embate entre os bancos públicos Caixa e Bando do Brasil com a Febraban contribuem para piorar o cenário político. Os presidentes das companhias e o ministro Paulo Guedes devem prestar esclarecimentos na Câmara. O clima de tensão em Brasília reflete mais uma vez na curva de juros. Confira:

Freio de mão

Embora o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ainda repercuta de forma positiva no mercado, os sinais de que a economia chinesa pode estar desacelerando são uma fonte de preocupação. 

O índice de gerente de compras do setor industrial (PMI, na sigla em inglês) veio abaixo do esperado, o que levou o minério de ferro a ter mais um dia de queda expressiva - comportamento que deve pesar sobre o setor de mineração e siderurgia na B3. 

As ações da Petrobras também pesam. Além das preocupações com a demanda e a queda do barril no mercado internacional, o presidente Jair Bolsonaro voltou a insinuar a possibilidade de interferência na companhia para controlar o preço dos combustíveis.

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Após as altas recentes, o dia é negativo em Nova York, puxado principalmente pelas empresas do setor de tecnologia, que foram grandes destaques nos últimos dias.

Sobe e desce do Ibovespa

O principal destaque do dia fica com as ações da MRV. A companhia anunciou um programa de recompra de ações que pode chegar a quase 9% dos papéis atualmente no mercado. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
MRVE3MRV ONR$ 14,024,32%
IRBR3IRB ONR$ 5,382,87%
BRKM5Braskem PNAR$ 64,122,61%
SANB11Santander Brasil unitsR$ 42,262,35%
COGN3Cogna ONR$ 3,332,15%

Com nova queda brusca do minério de ferro e sinalização de desaceleração da economia chinesa, as ações das siderúrgicas e mineradoras dominam a parte de baixo da tabela. Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVAR
CSNA3CSN ONR$ 35,11-4,31%
WEGE3Weg ONR$ 35,41-3,46%
BIDI11Banco Inter unitR$ 67,87-3,40%
BRAP4Bradespar PNR$ 62,47-2,50%
HGTX3Cia Hering ONR$ 37,20-2,69%
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