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Entre balanços positivos e nova elevação da Selic, Ibovespa opera instável; dólar avança

Gráficos e a bandeira do Brasil representando a perfomance do PIB e das ações brasileiras

Durante turbulências, não é raro que pilotos bem treinados sejam obrigados a alterar o seu plano de voo e apelar para uma pitada de improviso. Com o teto de gastos oficialmente ignorado e as contas públicas cada vez maiores, o mercado já antecipava uma mudança de tora por parte do Banco Central — e foi exatamente isso que aconteceu na noite de ontem, quando o BC elevou a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual. 

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A temporada de balanços começa a ganhar força por aqui e até agora os resultados têm agradado os investidores, mas a perspectiva de juros mais altos castiga o Ibovespa nesta manhã. O principal índice da bolsa chegou a abrir o dia em alta, também tentando acompanhar a abertura positiva em Wall Street, mas logo passou a operar em queda. 

A instabilidade parece ser a tônica do dia. Por volta das 16h, o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,72%, aos 105.596 pontos. O dólar à vista não responde à nova elevação dos juros e nem ao movimento de queda visto no exterior e opera em alta de 1,01%, a R$ 5,6221, refletindo todas as incertezas que ainda rondam o cenário local , como a análise da PEC dos precatórios , que mais uma vez ficou para a semana que vem, trazendo mais insegurança para o cenário fiscal.

Após a decisão do Copom de elevar em 1,5 ponto percentual a Selic, o mercado já espera mais para a próxima reunião. O impasse em Brasília pressiona ainda mais a curva de juros e já precifica uma alta de 1,75 p.p no próximo encontro. Confira:

PIB em foco

Nos Estados Unidos, a temporada de balanços também segue em primeiro plano e trazendo bons números, mas a atenção dos investidores está dividida com dados da economia.

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O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre subiu 2%, mas ficou abaixo das estimativas, que indicam um avanço de 2,5% no período.

Problemas também na leitura da inflação. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), o indicador favorito utilizado pelo Federal Reserve nas decisões de política monetária, acelerou 4,5%. A elevação dos preços começa a se afastar significativamente da meta de 2% perseguida pela instituição, aumentando as apostas de uma normalização de política monetária mais rápida do que o inicialmente esperado.

Sobe e desce do Ibovespa

A Ambev tá disparado no topo da tabela, após os bons números do terceiro trimestre. Confira as maiores altas:

TICKERNOMEVALORVARIAÇÃO
ABEV3Ambev ONR$ 16,357,49%
BRFS3BRF ONR$ 22,324,50%
MULT3Multiplan ONR$ 18,522,32%
SUZB3Suzano ONR$ 48,760,83%
GGBR4Gerdau PNR$ 27,540,62%

Confira também as maiores quedas:

TICKERNOMEVALORVARIAÇÃO
AMER3Americanas S.AR$ 30,96-5,62%
DXCO3Dexco ONR$ 15,86-5,19%
GETT11Getnet unitsR$ 4,75-4,82%
PRIO3PetroRio OnR$ 24,23-4,38%
WEG3Weg ONR$ 37,35-3,75%
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