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Não há como garantir empregos com atuação do BC em mercado secundário, diz Maia

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conduziu sessão virtual da Casa

Em uma cena rara nas sessões da Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desceu à tribuna para defender a retirada de um trecho da Proposta de Emenda à Constituição do Orçamento de Guerra que trata sobre a contrapartida de manutenção de empregos nas empresas das quais o Banco Central comprará a dívida.

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Maia afirmou que, como a proposta trata sobre o mercado secundário, não há como garantir no texto a manutenção dos empregos das empresas emissoras da dívida.

"O que nós estamos autorizando aqui é a compra de título secundário, títulos que já estão no mercado. Não adianta a gente achar que quando o BC comprar um título de um setor no mercado secundário que ele vai estar beneficiando a empresa que emitiu esse título. Esse dinheiro a empresa já gastou, já investiu no passado, o que nós estamos tratando é de garantia e liquidez", afirmou Maia.

O trecho em questão foi inserido pelo Senado, mas retirado pelo relator da Câmara. O texto-base já foi aprovado e os deputados votam agora destaques. A oposição tenta retomar o artigo.

"Não temos, nesse mercado (secundário) como, quando o BC comprar um título, garantir que a empresa emissora do título possa garantir aqueles empregos", disse Maia.

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O deputado afirmou que houve uma tentativa de incluir a atuação do BC no mercado primário na PEC, ou seja, autorizar o banco a comprar títulos de dívida diretamente do emissor.

"Esse debate foi feito no Senado. O BC não tem estrutura de análise de crédito, isso seria mais simples nesse momento que nós autorizássemos o BNDES, que em tese já tem essa autorização para compra de títulos primários, então", disse.

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