O IPO do Grupo Soma, dono de Farm e Animale, é um bom investimento?

O Grupo de Moda Soma disponibilizou ações pela primeira vez na Bolsa no dia 15 de julho. Ele detém uma plataforma do varejo de moda brasileiro para classes A e B. Sendo assim, é dono de importantes marcas como a Farm, Animale e Maria Filó.

Com a abertura de capital, o Grupo pretende acumular cerca de R$ 1,2 bilhão para que possa expandir suas atividades. Entre as suas novas apostas, está a aquisição de marcas autênticas e icônicas para vários estilos.

O período de reserva para estas ações acontece até o dia 27 deste mês. Depois, é previsto que no dia 31 o Grupo estreie a sua presença na Bovespa.

Mas tudo isso acontece ao mesmo tempo em que estamos vivenciando uma das maiores crises da história, com a pandemia do novo coronavírus. 

Por isso, é razoável que muitos investidores se questionem sobre a validade dessa abertura de capital, e o quanto ela realmente pode ser lucrativa.

Como anda o mundo da moda

Outros grupos conhecidos no mercado, como a Restoque (dona das marcas Dudalina, Le Lis Blanc, Bo.Bô, John John e Rosa Chá) e o Inbrands (detentor da Richards, Ellus e VR) passaram por maus bocados durante a crise.

No entanto, o mesmo não se passou com o Grupo Soma. No mesmo período, ele foi capaz de aumentar a receita, o número de lojas e também manter-se rentável.

Como você pode conferir nos gráficos, a diferença de desempenho entre os grupos foi enorme. Isso mostra que, ao longo dos meses, o Grupo Soma conseguiu conquistar uma boa assertividade de coleções, posicionamento de marca e outros fatores que o fizeram sólido mesmo em tempos desfavoráveis.

Os pilares para continuar crescendo

Para alavancar o crescimento no mercado, o Grupo se baseia em dois pilares principais nos quais pretende investir: abertura e reforma de lojas e investimentos no mundo digital.

Mesmo quando o PIB passou por um crescimento anêmico (de 2014 a 2016), a sua estratégia foi seguir abrindo lojas. E isso foi crucial para aumentar ainda mais o número de vendas. Por essa razão, cerca de 7% dos recursos levantados com a oferta serão destinados à essa finalidade.

Já o outro pilar consiste em tornar sólida a sua presença no mercado digital, ou seja, nos e-commerces. O Grupo Soma já investe no varejo digital há algum tempo e sua participação tem ganhado ainda mais relevância agora.

Como para o segundo trimestre de 2020 ainda é previsto que as lojas continuem de portas fechadas, esse investimento é muito importante.

Mas, como dissemos logo no início, a ideia do Grupo Soma também é adquirir novas marcas para fazer parte do time. Então, conforme o relatório do Ruy, com uma parte dos recursos levantados no IPO ele está mirando a Richards, da Inbrands.

Além de ser uma das marcas mais rentáveis do grupo, ela também fará pouca sobreposição no portfólio atual da Soma. Por isso, pode ser uma ótima oportunidade de gerar mais receita ao grupo.

Mas então o investimento é lucrativo?

Assim como em todos os investimentos, apostar na abertura de capital do Grupo Soma também significa um risco. Atualmente, 70% do seu faturamento está concentrado nas suas marcas volantes: Farm e Animale. 

Isso faz com que ela seja muito dependente do sucesso de ambas as coleções.

Ao mesmo tempo, a Soma tem se mostrado estável e lucrativa mesmo durante uma época muito difícil para o mercado da moda brasileiro. 

As possibilidades são muitas, e esse investimento é algo a se considerar. Por isso, para que você não tenha dúvidas, nós deixamos aqui um convite para que você acompanhe o relatório do Ruy Hungria sobre o IPO da Soma.

QUERO VER O RELATÓRIO DA SOMA E SABER SE O IPO É UMA BOA

Ele está disponível para qualquer assinante da Empiricus. Aqui neste link, você poderá encontrar opções de assinaturas por R$ 5 ao mês.

Toda vez que uma empresa entrar na bolsa, você terá acesso às teses de analistas que estão acompanhando este mercado e poderá decidir com mais propriedade se é uma boa comprar ações da estreante.

QUERO VER O RELATÓRIO DA SOMA E SABER SE O IPO É UMA BOA

Compartilhe