A Tesla, montadora de carros elétricos do bilionário Elon Musk, anunciou nesta terça-feira (8), que venderá até US$ 5 bilhões em ações ao longo do tempo.
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A companhia fechou um acordo de distribuição de ações com 10 bancos, incluindo o Bank of America, Goldman Sachs e Morgan Stanley. Os gigantes atuarão como agentes de vendas e receberão uma comissão, ou comprarão as próprias ações, gerando até US$ 5 bilhões em receitas de vendas agregadas para a Tesla.
Os papéis de ações serão colocados à venda "de tempos em tempos", através de um programa de oferta "at-the market" ("no mercado", em português) ou por um follow-on. A Tesla e os bancos decidirão quantas ações serão vendidas e a que preço diariamente. A empresa utilizará os recursos para reforçar seu balanço e financiar suas operações.
Neste ano, as ações da Tesla dispararam mais de 600%, fazendo seu valor de mercado subir para mais de US$ 600 bilhões, no fechamento da última segunda-feira (7). A companhia obteve cerca de US$ 21 bilhões em receita e somente US$ 1,4 bilhão em receita operacional de janeiro a setembro deste ano.
Especialistas desconfiam da forte alta
A não compatibilidade do tamanho da Tesla e sua valorização na Bolsa de Valores ligou o sinal de alerta de alguns investidores veteranos.
Entre eles, Michael Burry, que você deve conhecer como o personagem retratado por Brad Pitt no filme "A Grande Aposta", revelou que estava vendendo suas ações da Tesla em um tweet, que logo após foi excluído. Além disso, aconselhou Musk a emitir ações da Tesla para "cimentar sua permanência e a opcionalidade incalculável".
O chefe da Semper Augustus Investments, Chris Bloomstran, tuitou recentemente que "Elon conseguiu criar uma das moedas mais sobrevalorizadas de todos os tempos."
Por volta das 14h30 desta terça, as ações da Tesla (TSLA) na Nasdaq estão em queda de 1,93%, a US$ 629,36. O seu BDR (TSLA34), que é negociado na B3, cai 2,84%, cotado a R$ 99,98.
*Com informações da Business Insider