Depois de anunciar que suspenderia as suas projeções para 2020 por conta do vírus, a Azul voltou a comunicar medidas adicionais para conter o impacto econômico da doença em seu balanço.
Em comunicado divulgado na manhã desta segunda-feira (16), a empresa anunciou um reajuste na sua capacidade para os próximos meses. Por volta das 10h20, as ações PN da companhia (AZUL4) desabavam 27,56%.
No mês de março, a redução será de 20% a 25%. Em abril e nos meses seguintes a faixa de redução será entre 35% e 50% e deve seguir assim até que a situação se normalize. Além disso, todos os voos internacionais, exceto os que partem do aeroporto de Viracopos, em Campinas - SP, estão suspensos.
No comunicado, a companhia reiterou que a prioridade é a saúde e segurança de tripulantes e clientes. Segundo John Rodgerson, CEO da Azul, a empresa continua focada "no ajuste da capacidade de acordo com a variação na demanda e na preservação de nossa posição de caixa durante esse período desafiador".
Redução de custos
Em um momento de queda acentuada de receita, a Azul também anunciou iniciativas para reduzir custos fixos das operações, que são responsáveis por 40% do total de custos e despesas operacionais da companhia.
- Redução de salário de 25% dos membros do comitê executivo até a normalização da situação.
- Suspensão de novas contratações.
- Postergação do pagamento referente à participação nos lucros e resultados de 2019.
- Programa de licença não remunerada com 600 pedidos aprovados até o momento.
- Suspensão de viagens a trabalho e despesas discricionárias.
- Estacionamento de aeronaves.
- Suspenção de entregas de novas aeronaves
De forma preventiva, a Azul já negocia novos termos de pagamento com seus parceiros e busca novas linhas de crédito para fortalecer a sua reserva de caixa.