Site icon Seu Dinheiro

Carrefour reitera que está tomando medidas após morte de João Alberto de Freitas

Logo do Carrefour, empresa que rescindiu contrato com fundo imobiliário (FII) BRCO11

Carrefour

Em meio às repercussões negativas a respeito da morte de João Alberto de Freitas, 40 anos, ocorrida na quinta-feira (19) em uma de suas lojas em Porto Alegre, o Carrefour Brasil (CRFB3) reiterou que está tomando todas as medidas para apurar os fatos e treinar seus colaboradores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a rede de supermercados informou que está adotando todas as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos no espancamento de Freitas e que rescindiu o contrato com a empresa de segurança.

Ela repetiu que todas as vendas feitas durante o dia 20 serão revertidas a projetos de combate ao racismo, reforçou o treinamento de funcionários e terceirizados, falou sobre as políticas de inclusão que possui e que vai criar um fundo para promover a inclusão racial e o combate ao racismo, com aporte inicial de R$ 25 milhões.

“O Grupo Carrefour Brasil continuará acompanhando os desdobramentos do caso e oferecendo todo suporte para as autoridades locais, e reforça seu compromisso de transparência na divulgação de informações a seus acionistas, investidores e ao mercado em geral”, diz trecho do fato relevante.

Reação

A divulgação do comunicado pelo Carrefour Brasil ocorreu um dia após suas ações fecharem com queda de 5,3%, a R$ 19,30, fazendo com que a empresa perdesse cerca de R$ 2 bilhões em valor de mercado. Hoje, as ações fecharam em queda de 0,52%, a R$ 19,20.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O mercado reagiu mal ao caso e seus desdobramentos. Freitas, um homem negro, foi espancado por dois seguranças do estabelecimento, e sua morte provocou uma onda de indignação, com muitos vendo o caso como racista. Diversas manifestações ocorreram em várias cidades no dia seguinte, dia 20, quando se comemora o Dia da Consciência Negra.  

Usuários de redes sociais e artistas, como os cantores Emicida e Preta Gil, pediram boicote dos consumidores à rede. Fornecedores também demonstraram indignação. A fabricante de bebidas Ambev cobrou do supermercado "medidas imediatas e efetivas" que possam evitar novos episódios de discriminação.

Do ponto de vista financeiro, os investidores se preocupam com os impactos de manifestações e boicotes nas operações da empresa em um momento importante do calendário, aproveitando para se desfazer dos papéis.

É no período de fim de ano que as vendas do varejo costumam se sair melhor, em razão das festas de Natal e Ano Novo. O receio é que o incidente possa impactar a receita da empresa ao longo dos próximos meses.

Exit mobile version