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Azul, Gol e LATAM podem ter de procurar liquidez alternativa se surto continuar até 3T, diz Moody’s

Empresas da América Latina do setor de transporte aéreo e de hospedagem, além daquelas com fraca liquidez, estão mais expostas ao choque na demanda e no mercado de capitais decorrentes do surto do coronavírus, informou a Moody's em relatório.

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A agência cita companhias aéreas como Azul, Gol e LATAM, que já anunciaram reduções de capacidade consolidada, como exemplos dos impactos do surto no setor.

Hoje, segundo a Moody's, Azul, LATAM e Gol possuem balanços sólidos e liquidez substancial, incluindo caixa, linhas de crédito e fontes alternativas como recebíveis de cartão de crédito e patrimônio líquido em aviões.

No entanto, o futuro dessas empresas muito dependerá da duração e gravidade do coronavírus sobre o setor aéreo global. Se houver mais aterramentos forçados até o terceiro trimestre, provavelmente seus recursos começariam a ser pressionados. "Nesse caso, pode ser necessário o acesso a mercados financeiros ou outras fontes de liquidez alternativa", diz a agência.

Em relação aos produtores de petróleo da região, diz a Moody's, o desafio é lidar com a volatilidade dos preços e a depressão do petróleo e do gás natural. Segundo a agência, entretanto, a Petrobras possui atualmente estrutura de capital e liquidez mais fortes do que antes. De outro lado, alerta que, se o menor ritmo de atividade econômica afeta a demanda de combustíveis, será o setor brasileiro de etanol quem enfrentará a maior ameaça proveniente da queda nas cotações do petróleo.

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O setor de mineração latino-americano, por sua vez, tem moderada exposição ao surto, como a Vale, com base na qualidade de crédito geralmente forte das empresas, mas companhias com fraca liquidez enfrentam maior risco. O setor siderúrgico brasileiro apresenta exposição moderada geral, dados os preços internacionais mais baixos do aço devidos ao excesso de capacidade de uma economia chinesa em desaceleração.

"Setor de proteínas do Brasil enfrenta estresse de curto prazo de consumo e exportação, mas ganha com as vendas no varejo de alimentos e maiores demanda dos mercados internacionais, particularmente da Ásia", diz a agência.

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