A taxa de desocupação alcançou 14,6% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE.
Trata-se da maior taxa de desemprego da história da pesquisa, iniciada em 2012. Ela representa um crescimento de 1,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de abril e a junho e de 2,8 p.p. ante o mesmo trimestre de 2019.
Apesar de recorde, o resultado veio abaixo da mediana das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 14,8%, vindo dentro do intervalo de previsões, que ia de 14,3% a 16,1%.
O resultado mostra que ainda há muito a melhorar, ainda que o mercado de trabalho esteja dando sinais de recuperação. Na quinta-feira (26), o Ministério da Economia divulgou que o outubro registrou a abertura de 394.989 vagas, um recorde histórico.
Desocupados e desalentados
Segundo o IBGE, a quantidade de pessoas desocupadas subiu 10,2% na comparação trimestral, para 14,1 milhões, enquanto a população ocupada caiu 1,1%, para 82,5 milhões, o patamar mais baixo da série histórica.
O nível de ocupação, que atingiu 47,1%, foi o mais baixo da série, caindo 0,8 p.p. frente ao trimestre anterior, enquanto a taxa composta de subutilização bateu recorde, subindo 1,2 p.p., para 30,3%.
Outro recorde que foi registrado foi de população desalentada, grupo de pessoas que desistiu de procurar emprego porque não tem esperanças de que irá encontrar. O número de pessoas nesta categoria cresceu 3,2%, para 5,9 milhões.
Renda
A Pnad apurou ainda que o rendimento médio real habitual no trimestre terminado em setembro somou R$ 2.554, estatisticamente estável frente ao trimestre anterior (R$ 2.519) e subiu 8,3% contra o mesmo trimestre de 2019 (R$ 2.359).
A massa de rendimento real habitual (R$ 205,3 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 4,9% (menos R$ 10,6 bilhões) em relação ao mesmo trimestre de 2019.
* Com informações da Estadão Conteúdo