O governo calcula que 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada receberão o benefício emergencial para manutenção do emprego - ou seja, eles serão afetados por medidas de redução de jornada e salários ou suspensão de contratos.
A equipe econômica estima que o programa salvará 8,5 milhões de postos de trabalho ao dar alívio momentâneo às empresas.
Num cenário sem as medidas, o governo estima que as demissões poderiam atingir até 12 milhões de trabalhadores. Com o programa emergencial, as dispensas devem ser menores.
Ainda assim, 3,2 milhões de trabalhadores devem perder o emprego - eles receberão todos os benefícios já existentes hoje, como seguro-desemprego e multa de 40% sobre o saldo do FGTS.
Antes da crise
O desemprego aumentou no Brasil antes mesmo do país sofrer os efeitos econômicos das políticas de restrição internas para contenção do novo coronavírus, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o último dia 31.
A taxa de desocupação subiu para 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 12,3 milhões de pessoas. Na época da última crise financeira, o percentual chegou a 13,7%, em março de 2017.
Nos Estados Unidos, a pandemia já alterou o cenário econômico. Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos saltaram 3,341 milhões na semana encerrada em 28 de março, para o novo recorde de 6,648 milhões, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho do país.
A leitura da semana anterior, que até então havia sido recorde, foi revisada de 3,283 milhões para 3,307 milhões de pedidos.
*Com informações de Estadão Conteúdo