O mercado financeiro mais uma vez reduziu a projeção de tombo do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, de 5,95% para 5,77%, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (27).
Há um mês a publicação mostrava uma expectativa de baixa de 6,54% da economia brasileira neste ano. Mas o processo de reabertura de algumas capitais, em especial São Paulo, motiva um otimismo maior nas últimas semanas.
Dados mais recentes, entre eles o de Produção Industrial, mostram que o fundo do poço da economia já passou. Nos próximos meses, no entanto, é esperado uma elevação da taxa de desemprego, conforme as pessoas voltem a procurar uma ocupação.
O mercado ainda prevê uma recuperação em parte da economia no próximo ano, com o avanço de 3,50% do PIB. A projeção é a mesma há pelo menos quatro semanas.
Inflação, dólar e Selic
O mercado também mudou a projeção para a inflação medida pelo IPCA, mostra o Focus: de 1,72% para 1,67% - a primeira estimativa após a divulgação da prévia do indicador apontar alta de 0,30% em julho.
Os preços subiram 0,26% em junho, após dois meses de deflação, segundo o IBGE. A alta é de 2,13% em 12 meses. Para o mercado, o IPCA deve chegar a 3% no próximo ano.
Inflação baixa foi uma das razões que levou o Banco Central a diminuir ainda mais a taxa básica de juros, na última reunião do Copom, para 2,25%. Mas o mercado, mostra o Focus, espera que a Selic termine o ano a 2%. Para 2021 ser novamente elevada, chegando a 3%.
Já o dólar é visto em R$ 5,20 no final deste ano e a R$ 5 em 2021. A moeda terminou a sexta-feira (24) cotada a $ 5,2060, acumulando queda de 3,24% na semana passada.