O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) anunciou nesta quinta-feira o estabelecimento de um programa temporário para ajudar a emprestar dólares a bancos centrais de nove países, incluindo o do Brasil, em mais uma tentativa de aliviar tensões nos mercados financeiros causadas pela disseminação global do novo coronavírus.
No último domingo (15), o BC americano já havia anunciado ajustes em um programa com cinco outros BCs estrangeiros para disponibilizar dólares a taxas de juros próximas de zero e por períodos de até 84 dias, de forma a garantir que os mercados não fiquem sem moeda fora dos EUA.
Muitos negócios fora dos EUA são feitos em dólares e instituições estrangeiras também concedem empréstimos em dólares. O Fed usou as chamadas "linhas de swap cambial" agressivamente durante a crise financeira de 2008 e 2009.
Os dispositivos anunciados hoje vão fornecer, individualmente, empréstimos em dólares no valor de até US$ 60 bilhões para os BCs do Brasil, Austrália, Coreia do Sul, México, Cingapura e Suécia, e outros US$ 30 bilhões, também individualmente, para os BCs da Dinamarca, Noruega e Nova Zelândia.
Os novos swaps cambiais ficarão disponíveis por ao menos seis meses, afirmou o Fed em comunicado.
"Esta linha não implica condicionalidades de política econômica e será utilizada para incrementar os fundos disponíveis para as operações de provisão de liquidez em dólares", informou o Banco Central, em nota à imprensa divulgada durante a tarde.
Segundo o BC, serão tomadas medidas regulamentares e operacionais necessárias para a implementação da iniciativa, observando-se os limites e condições a serem estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional.
*Com informações do Estadão Conteúdo