Em entrevista ao canal americano CNBC ontem (24), o megainvestidor de Wall Street, Warren Buffett, voltou a se mostrar bastante cético com as criptoativos. Ao ser questionado sobre os criptomoedas, ele respondeu que "elas não têm valor e que ele não possui e que nunca terá uma".
Não é a primeira vez que o bilionário americano é relutante com as moedas digitais. Em 2018, ele disse que o bitcoin era "provavelmente um veneno de rato ao quadrado". A ideia era dizer que quem compra esse tipo de ativo tem êxito apenas se encontrar outras pessoas que estejam dispostas a pagar mais caro por ele.
Bitcoin em alta
Apesar de não gostar muito das moedas digitais, o bitcoin não vem fazendo feio. Nos últimos 12 meses, a criptomoeda acumula valorização de 191,50%. Apenas em 2020, ela apresenta expansão de mais de 45%.
Entre os motivos para a alta estão o halving, ou melhor uma espécie de "esquenta" dele, já que a expectativa é que o fenômeno ocorra em maio deste ano.
Na prática, ele é um evento que reduz pela metade a recompensa pela mineração do bitcoin, o que deve diminuir a emissão de moeda ao longo dos anos. O halving, portanto, é um fenômeno que segura a oferta de bitcoin, algo que tende a pressionar os preços para cima.
Outro fator que também ajudou o bitcoin no ano passado foi a intensificação da guerra comercial. Mesmo com pouco histórico, os especialistas argumentam que pelo fato de a criptomoeda não possuir correlação com nenhum ativo tradicional, muitos investidores acabam procurando-a em busca de proteção durante momentos de maior incerteza.
E a expectativa para a criptomoeda continua positiva para este ano, diante de eventos como o halving e até mesmo da rápida disseminação do coronavírus em países fora da China.
Mas os especialistas alertam: 2020 deve ser um bom ano para as criptomoedas, porém com forte volatilidade.