A propagação do novo coronavírus provocou um pessimismo generalizado nos mercados nas últimas semanas. No Brasil, o Ibovespa perdeu quase 9% em fevereiro. Em meio ao caos, investidores buscam referências para suas decisões - inclusive em personalidades como Warren Buffett. O bilionário Bill Gates pediu os holofotes para falar sobre o assunto.
Em um artigo na publicação especializada New England Journal of Medicine, Gates comparou o novo coronavírus à pandemia de gripe de 1957 - que matou mais de um milhão de pessoas - e a pandemia de gripe de 1918, que matou 50 milhões de pessoas.
Até esta sexta-feira, havia 132 casos suspeitos de coronavírus no Brasil - um confirmado. No mundo, eram mais de 2,8 mil mortos e quase 84 mil contaminados pela doença.
Para o bilionário Bill Gates, países ricos devem fornecer profissionais de saúde treinados para monitorar a propagação do vírus aos países de baixa e média renda do continente africano e do sul da Ásia.
O fundador da Microsoft escreve que é preciso estabelecer um banco de dados internacional para que países possam compartilhar informações sobre o coronavírus. Ele diz que seria preciso sistematizar os componentes que já foram testados para uso em uma vacina.
O bilionário defendeu que governos e grandes doadores financiem instalações de fabricação da vacina e que todos deveriam ter acesso a ela. Gates previu que testes em larga escala para uma vacina contra o coronavírus poderiam acontecer já em junho.
O empresário está à frente da Fundação Bill e Melinda Gates, que contribuiu com US$ 100 milhões para o combate ao coronavírus. Para o bilionário, evitar uma pandemia exigiria bilhões de dólares. "Não há tempo a perder", escreveu.