O presidente Jair Bolsonaro, ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes, anunciou nesta terça-feira (1) a prorrogação do auxílio emergencial por mais 4 meses, até dezembro, no valor de R$ 300 reais. O valor corresponde a metade dos R$ 600 das primeiras 5 parcelas. O auxílio foi criado em abril e é voltado para trabalhadores informais atingidos pela pandemia do coronavírus.
O tema tem ganhado especial atenção do mercado, já que os investidores monitoram o aumento das despesas públicas e a situação fiscal do país. Segundo Bolsonaro, o valor de R$ 300 foi acertado 'em cima da responsabilidade fiscal' atendendo ao pedido da equipe econômica. Na última semana, o presidente recusou a proposta inicial do ministério da Economia, que fixava o auxílio no valor de R$ 247.
O anúncio foi feito após reunião do presidente com líderes do Congresso no Palácio da Alvorada e a divulgação da queda de 9,7% no PIB do 2º trimestre. O presidente também informou que a reforma administrativa, muito aguardada pelo mercado, deve ser encaminhada na próxima quinta-feira (3).
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o episódio marca uma "nova maneira de fazer a articulação política". "Vamos acordar primeiro com os senhores líderes primeiro, anunciar depois", disse Barros. O deputado também também reafirmou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e o cumprimento do teto de gastos.
"O recado que nós queremos dar é responsabilidade fiscal, rigor nas contas públicas e compromisso de manter o teto de gastos", declarou.
*Com Estadão Conteúdo