Site icon Seu Dinheiro

Anvisa autoriza retomada do estudo da CoronaVac

Vacina contra o coronavírus, causador da covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a retomada do estudo da vacina contra o coronavírus que vem sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, conhecida como CoronaVac.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os testes haviam sido paralisados na segunda-feira à noite (09) após a ocorrência de "evento adverso grave não esperado" com um dos voluntários. Posteriormente, diversos veículos de imprensa apuraram que tratou-se da morte de um dos participantes por suicídio.

Em nota divulgada há pouco, a Anvisa disse entender que "tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação".

Segundo a agência, que tomou conhecimento do ocorrido no último dia 9, a causa em investigação do evento adverso grave não esperado só lhe foi informada no dia seguinte, após a suspensão dos testes.

Da mesma forma, foi apenas no dia 10, diz a Anvisa, que o Instituto Butantan enviou a documentação do Comitê Independente de Monitoramento de Segurança e o boletim de ocorrência da morte do voluntário.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É praxe em pesquisas com vacinas que se paralisem os testes quando da ocorrência de eventos deste tipo, para que haja uma investigação sobre a possível relação de causalidade entre o evento e o medicamento.

A suspensão do estudo gerou protestos do Instituto Butantan e integrantes do governo do Estado de São Paulo, que reafirmaram a segurança da vacina e disseram que era "impossível" que a morte do voluntário tivesse relação com o imunizante.

Ainda assim, a Anvisa esclareceu que tomou a decisão de paralisar o estudo em razão da gravidade do evento adverso, da "precariedade dos dados enviados" pelo Instituto Butantan naquele momento, da necessidade de proteção dos demais voluntários da pesquisa e da ausência do parecer do Comitê Independente de Monitoramento de Segurança.

"A medida, de caráter exclusivamente técnico, levou em consideração os dados que eram do conhecimento da Anvisa até aquele momento e os preceitos científicos e legais que devem nortear as ações da Agência, especialmente o princípio da precaução, que prevê a prudência, a cautela decisória quando o conhecimento científico não é capaz de afastar a possibilidade de dano", diz comunicado da agência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após avaliar os novos dados apresentados pelo Instituto Butantan depois da suspensão do estudo, "a Anvisa entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG [evento adverso grave] inesperado e a vacina."

Exit mobile version