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Ouro ou imóveis: qual o melhor investimento para defender seu patrimônio?

Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre aposentadoria FIRE® (Financial Independence, Retire Early). 

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Na semana passada, trouxe alguns dos pontos essenciais na tese de investimentos em Eneva (ENEV3), que considero uma excelente ação para compor a carteira daqueles que buscam uma Aposentadoria FIRE.

Hoje, vou ao outro extremo da alocação de recursos, em vez de ações com alto potencial de crescimento, vou falar sobre a parte defensiva. Mais precisamente, vou responder ao questionamento de um dos leitores desta coluna:

“É melhor defender meu patrimônio com investimentos em ouro ou em imóveis?”

Excelente pergunta

A maneira mais objetiva de responder ao questionamento é por meio da restrição de recursos. 

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Você consegue investir em ouro com apenas R$ 500 hoje em dia, mas precisa de alguns bons milhares de reais para adquirir um imóvel. 

A alternativa óbvia é recorrer ao investimento em imóveis através da Bolsa. Pode ser com ações de properties, ou com os fundos imobiliários. 

E aqui vem a resistência da maioria dos investidores que são assolados por dúvidas como a que mencionei acima: a marcação a mercado. 

Quando você compra um imóvel em seu nome, o preço dele não é atualizado todos os dias em seu home broker. 

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Se você pagou R$ 300 mil (por exemplo), é muito comum manter-se ancorado a esse preço. 

Se estivermos em meio a uma crise como a atual, com baixa demanda por imóveis e você decida vender, muito provavelmente venderá por menos que o valor que você considera justo. 

Ainda sim, o custo psicológico desse processo é bem menos dolorido, afinal, você não foi confrontado com a verdade todos os dias. 

Por isso, só faz sentido seguir nessa discussão se você aceita a marcação a mercado.

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Está conformado?

Neste caso, podemos ter uma discussão com mais fundamentos. 

O ouro ganhou as graças dos investidores principalmente no exterior. A questão aqui está no custo de oportunidade. 

Os juros de curto prazo em países desenvolvidos (boa parte da Europa e no Japão) pagam hoje rendimentos negativos. Nos EUA, o rendimento é praticamente zero. 

Isso significa que seu dinheiro paga para ficar parado. Estranhamente, um ativo como o ouro, que não têm rendimentos, tornou-se atrativo pela simples perspectiva de preservar o valor investido.

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Num mundo em que os rendimentos são negativos, um rendimento nulo é um excelente negócio. 

O fluxo de recursos em direção ao ouro provocou uma natural valorização, dado que a oferta de ouro no mundo não acompanha o ritmo feroz de demanda dos investidores. 

Não à toa, o OZ1D - ouro futuro negociado na B3 - sobe mais de 70% em doze meses. 

Todas essas características fazem do ouro um investimento especulativo. 

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Defensivo sim, por natureza; mas especulativo por ser uma commodity, com os preços variando por “N” fatores muito difíceis de racionalizar. 

Mas e os imóveis?

Diferente do ouro, os imóveis geram renda

Existem vários estudos - os principais desenvolvidos pelo professor Robert Shiller - que mostram como o valor dos imóveis tende a acompanhar a inflação em longo prazo. 

É um investimento que tende a preservar o poder de compra e ainda gerar ganhos adicionais através dos aluguéis. 

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Mas o que poucas pessoas percebem é que - em longo prazo - os imóveis podem ser investimentos mais rentáveis e mais defensivos até mesmo que as ações. 

Entre 2012 e 2019, por exemplo, os retornos anuais dos fundos imobiliários (representados pelo índice IFIX) e a Bolsa (Ibovespa) foram bastante parecidos. 

Com a prerrogativa de serem menos impactos que as ações ao longo das crises, os FIIs inclusive acumulam um retorno bastante superior ao Ibovespa no mesmo período. 

E antes que você questione os dados com o eterno argumento das particularidades nacionais, eu preciso adicionar: nos EUA é a mesma coisa. 

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Em longas janelas de tempo, os REITs (fundos imobiliários americanos) superam consistentemente os índices de ações. 

Por isso, eu não gosto do 'ou', prefiro o 'e'

Você não precisa escolher um ou outro. Pode ter os dois em seu portfólio, tanto na parte defensiva, quanto na parte agressiva, com fundos imobiliários. 

Inclusive, o Rodolfo Amstalden acabou de preparar um curso completo sobre real estate - como investir em imóveis e fundos imobiliários-, com base em algumas semanas que passou nos EUA, estudando com os maiores especialistas no tema. 

Sugiro que você dê uma olhada na entrevista que ele deu para o Seu Dinheiro sobre as perspectivas para o mercado imobiliário, oportunidades para você buscar - e furadas para passar longe.

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Um abraço!

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