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Mercados ensaiam recuperação enquanto investidores aguardam payroll

A primeira onda de valorização da bolsa já passou, mas ainda dá tempo de surfar na segunda

Os mercados internacionais começam o dia sinalizando uma tentativa de recuperação após a queda acentuada observada em Nova York nesta quinta-feira, com os índices futuros em NY apresentando sinais mistos e as bolsas europeias subindo. No entanto, o fôlego dos ativos de risco é limitado. Os investidores aguardam os números do relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, que deve pautar o dia.

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No Brasil, a tensão política segue no radar. A notícia de que Rodrigo Maia, peça importante para a articulação política do governo no Congresso , rompeu relações com o ministro Paulo Guedes pode gerar preocupação no mercado.

Efeito dominó

A queda brusca das bolsas americanas arrastou o Ibovespa para o campo negativo na sessão desta quinta-feira.

Nos Estados Unidos, os investidores interromperam o rali das últimas semanas após novos temores relacionados ao ritmo da retomada econômica no pós-pandemia ganharem força. A queda atingiu principalmente o setor de tecnologia - visto por muitos como supervalorizado após os recordes recentes.

O teor da proposta de reforma administrativa ajudou o Ibovespa a limitar as perdas, mas, ainda assim, o principal índice da bolsa brasileira fechou o dia em queda de 1,17%, aos 100.572,36 pontos.

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Com a desvalorização da moeda americana em escala global, o dólar teve queda de 1,15%, a R$ 5,2960.

Ruídos em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, parecem ter rompido relações em um momento crítico para o governo, que precisa de articulação política com o Congresso.

Logo após receber a proposta de reforma administrativa do governo, Maia disse que a partir de agora irá tratar apenas com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Segundo Maia, a decisão vaio após Guedes proibir o diálogo com os secretários da área econômica.

De olho no Banco Central

Os investidores locais também devem repercutir as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, feitas ontem em um evento virtual ao lado do empresário Abílio Diniz.

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Campos Neto defendeu que deve existir um alinhamento do governo a favor do teto de gastos em benefício da estabilidade econômica. O presidente do BC também comentou que todo ruído atrelado ao quadro fiscal causa um ruído ainda maior nos preços.

Em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro disse esperar uma queda da Selic nos próximos trinta dias, mas que não interfere nas decisões do Banco Central.

Atualmente a sinalização do BC é de que existe a chance de apenas um corte residual. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece no dia 15 e 16 de setembro.

Hoje, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, participa de videoconferência (11h).

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No vermelho

A queda das bolsas americanas durante a tarde de ontem também influenciou o pregão asiático durante a madrugada. As bolsas do continente fecharam em baixa generalizada.

Compasso de espera

Nesta manhã, os índices futuros operam com sinais mistos. Os investidores aguardam o relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll (9h30), que dará uma dimensão do impacto recente do coronavírus na economia.

A expectativa é que o relatório de agosto registre 1,39 milhão de novos postos de trabalho.

Na contramão de Wall Street, as bolsa europeias operam em alta. A notícia de uma possível fusão entre os bancos CaixaBank e Bankia - que pode criar o terceiro maior banco da Espanha - mexe com o setor bancário do continente e puxa a alta das bolsas.

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Agenda

Além da expectativa pelo payroll (9h), no Brasil a Anfavea divulga os números do setor de veículos do mês passado (8h).

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