Depois do rali dos primeiros dias de novembro puxado pela eleição nos Estados Unidos e os avanços na vacina contra coronavírus, o mercado tem espaço para mais. A análise é da Verde Asset, a gestora de Luis Stuhlberger.
Em sua carta mensal aos investidores, a Verde avalia que a eleição americana parece ter se resolvido da maneira mais favorável para o preço dos ativos.
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A vitória de Joe Biden para a presidência, um dos fatores de incerteza que pesavam sobre os mercados, reduz a volatilidade inerente do estilo Trump de governar, segundo a gestora.
Ao mesmo tempo, a manutenção do controle do Senado pelos republicanos reduz os temores de uma agenda governamental muito à esquerda, especialmente envolvendo aumentos de impostos.
O lendário fundo Verde vem tendo um ano difícil em 2020, com uma queda acumulada de 1,96%, contra um CDI (indicador de referência) de 2,45%. Em outubro, o retorno foi negativo em 0,49%, graças à queda das posições em ações da carteira.
Além da eleição americana, no mês passado os mercados voltaram a ser afetados pela incerteza na condução da política fiscal no Brasil e o forte aumento de casos de coronavírus no exterior.
Sobre o risco fiscal, a Verde não vê novidades surgindo no curto prazo. “Os ativos brasileiros continuam a incorporar um prêmio de risco relevante relacionado a isso, o que não deve mudar tão cedo”, escreveu a equipe da gestora.
Quanto à segunda onda de casos de covid-19, a Verde destacou que já há sinais de desaceleração após implementação de medidas um pouco mais restritivas em vários países. “E mais ainda, estamos próximos da vacina — acabam de ser divulgados os resultados preliminares da candidata da Pfizer/BioNTech, mostrando uma eficácia de 90%, um resultado acima das expectativas otimistas dos analistas.”