Com uma queda de 2,86% e perdas em todas as posições, fevereiro foi um mês difícil para o lendário fundo Verde, de Luis Stuhlberger. Mas apesar do agravamento da crise nos mercados pelo coronavírus, o gestor aumentou as posições no mercado de ações.
O fundo mantém por volta de 20% do portfólio na bolsa brasileira e ampliou ao longo do mês a posição em ações globais, também para 20% da carteira.
A gestora também manteve a visão de que os mercados tendem a se estabilizar conforme as taxas de crescimento do número de novos casos do coronavírus desacelerem – embora reconheça que a situação ainda está longe de ser resolvida.
A Verde também acredita que a doença deve refluir conforme as temperaturas no Hemisfério Norte subam e que a reação de política pública tem um papel importante em mitigar o pânico no mercado.
“Temos adotado uma estratégia gradualista, de aumentar as posições em ações do fundo aos poucos, focando no mercado acionário americano, que consideramos o mais resiliente e que deve voltar primeiro”, escreveu a gestora.
Sobre o impasse entre Arábia Saudita e Rússia, Stuhlberger acredita ser pouco provável que a aliança seja retomada no médio prazo. A consequência desse movimento é a queda nos preços de energia, o que transfere renda do bolso dos países árabes para os consumidores do mundo ocidental.
No curto prazo, porém, a guerra de preços do petróleo representa um choque adicional nos mercados, que já vêm em posição frágil, ainda segundo a gestora.