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BTG, XP ou B3? Goldman Sachs aponta ação favorita para surfar crescimento do mercado de capitais

Sede da B3 (B3SA3), no centro da capital paulista

Sede da B3, no centro da capital paulista

A queda dos juros para a mínima histórica de 2,25% deve continuar estimulando o mercado de capitais brasileiro, com a migração de recursos de investidores da renda fixa para a bolsa e aplicações mais sofisticadas. Mas quais ações devem se beneficiar mais dessa tendência?

Para o Goldman Sachs, tanto a B3, dona da bolsa brasileira, como a XP Investimentos e o BTG Pactual estão entre as vencedoras e devem continuar ganhando mercado.

Mas a ação favorita dos analistas do banco norte-americano é a do BTG (BPAC11), cuja recomendação foi elevada de neutra para compra.

Na avaliação do Goldman, o BTG conta com uma melhor relação entre risco e retorno em comparação com a avaliação “premium” da XP, que teve a indicação mantida em neutra.

“A B3 também deve se beneficiar dessa tendência, mas acreditamos que a avaliação atual da empresa limita o potencial de novas altas”, escreveram os analistas, que decidiram reduzir a recomendação para os papéis da dona da bolsa de compra para neutra.

No pregão desta segunda feira, as units do BTG fecharam em alta de 3,85%, a R$ 89,75 e as ações da B3 subiram 0,71%, para R$ 63,89. Os papéis da XP, que são listados na bolsa norte-americana Nasdaq, subiram 1,29%, para US$ 47,10.

XP x BTG

Em relatório para clientes, os analistas do Goldman Sachs estabelecem uma comparação entre XP Investimentos e BTG Pactual. A corretora leva vantagem na projeção de crescimento dos ativos (31% a 24% até 2022) e do lucro, mas os analistas entendem que esse avanço já está refletido na cotação atual das ações.

Embora cresça menos, o BTG deve registrar um melhor resultado em eficiência e margens maiores, segundo os analistas. Além disso, a XP conta hoje com comissões em níveis mais altos, o que pode representar tanto um risco de queda para a corretora como de alta para o BTG.

B3 avaliada à perfeição

No caso da B3, os analistas do Goldman Sachs decidiram reduzir a recomendação basicamente porque entendem que as ações estão caras. “Acreditamos que a B3 está avaliada à perfeição.”

Ou seja, embora acreditem que a bolsa tende a ganhar com o atual cenário de juros baixos e migração dos investimentos para a renda variável, as cotações atuais das ações já refletem essa visão positiva. Nas contas do banco, os papéis da B3 são negociados hoje a 30 vezes o lucro projetado para 2021.

Os analistas também apontam a expectativa de que o volume negociado na bolsa desacelere nos próximos meses, uma vez que os patamares atuais foram alcançados em meio à volatilidade provocada pela crise do coronavírus.

Recomendações do Goldman Sachs:

BTG Pactual (BPAC11):

XP Investimentos (XP - negociada na Nasdaq):

B3 (B3SA3):

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