O Ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira, 1º, o pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para suspender investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre as movimentações financeiras consideradas "atípicas" pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Suspensão do pedido ocorre no mesmo dia em que foi protocolado na corte. O senador alegou que iria ganhar foro perante ao Supremo já que assume hoje o mandato de senador. Para Fux, ao restringir o alcance do foro privilegiado, o Supremo considerou que cabe ao próprio tribunal decidir o que deve ficar ou não na Corte.
Com isso, as investigações devem voltar à primeira instância. O ministro já havia dito que pretendia rejeitar o pedido da defesa de Flávio e que daria um parecer assim que voltasse do recesso.
Entenda o caso Coaf
Em dezembro, um relatório do Coaf apontou movimentações atípicas entre as contas de Flávio e seu ex-motorista e assessor, Fabrício Queiroz.
Segundo o documento, o ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Uma das movimentações foi o depósito de um cheque de R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro - no início de dezembro, Bolsonaro disse que o cheque era o pagamento de um empréstimo. Além disso, funcionários do gabinete de Flávio chegaram a depositar 99% do que receberam no período na conta de Queiroz, e que a maioria das transferências foram feitas no dia ou em datas próximas ao pagamento na Alerj.
*Com Estadão Conteúdo
*Conteúdo em atualização