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As duas interpretações para a reação de Guedes à Previdência

O ministro da Economia Paulo Guedes, durante cerimônia de posse aos presidentes dos bancos públicos.

Ministro da Economia Paulo Guedes

É 1, é 2, é 3! Há algo a comemorar e o mercado financeiro local -- mesmo com Nova York paralisada pelo feriado da Independência dos Estados Unidos – consegue atravessar a tarde registrando duas marcas: suportes foram rompidos na Bolsa e no Câmbio. O Ibovespa chegou a furar a resistência de 104 mil pontos e o dólar rompeu o suporte de R$ 3,80 e de R$ 3,79 no melhor momento da sessão. Ainda que no fechamento essas conquistas não sejam reprisadas, há uma inequívoca mobilização de investidores à notícia do dia: a aprovação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara.

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A comissão aprovou o parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) por 36 votos a favor e 13 contrários ao texto. A comissão está avaliando os destaques ao projeto. Apesar da resistência do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), em reconhecer a possibilidade de a reforma das aposentadorias ser votada na semana que vem no Plenário da Câmara, a conclusão da reforma na Casa – antes do recesso parlamentar com início no próximo dia 18 – não está descartada.

Onyx, há pouco, afirmou que é certo a votação do projeto em 1º turno na Câmara, o que já é muita coisa, vamos combinar!

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse o que todos gostariam de ouvir. Ele afirmou que a reforma aprovada na comissão especial tem “potência fiscal” suficiente para tentar “lá na frente” criar o regime de capitalização no Brasil. A declaração, dada na apresentação da edição deste ano da Expert, evento da XP Investimentos, em São Paulo, autoriza duas interpretações: a proposta de implantar o regime de capitalização no país, menina dos olhos de Paulo Guedes, será reerguida futuramente; o ministro da Economia segue no seu posto e dará curso à agenda econômica positiva na qual o mercado financeiro aposta firmemente.

Satisfeito com o horizonte que se abre após tanta turbulência, o ministro da Economia avança no discurso e afirma que o governo tem dois anos para “simplificar, eliminar e reduzir impostos”, em referência ao período previsto para que o acordo Mercosul e União Europeia entre em vigor. Paulo Guedes lembra ainda que o trabalho que o governo pretende fazer na área tributária tem o objetivo de tornar nossa economia mais competitiva. Aleluia

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