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Nem mesmo a troca de comando no conselho animou muito os investidores de Gafisa

Montagem com logotipo da Gafisa em formato de interrogação

Montagem com logotipo da Gafisa

Assim como em uma novela mexicana, a história da Gafisa parece não ter fim. Mesmo depois de divulgar um fato relevante ontem (17) sobre a troca de comando do conselho da empresa e consequente saída de Mu Hak You, os papéis ordinários da empresa não tiveram uma resposta muito positiva por parte dos investidores.

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Por volta das 16h50 desta segunda-feira (18), a ação da empresa apresentava uma alta ínfima de 0,10%, cotada a R$ 9,61. Os papéis da companhia abriram o dia de hoje valendo R$ 9,90. Ao que tudo indica, os investidores ainda estão desconfiados e preferem esperar.

Ontem, em reunião extraordinária do conselho, a Gafisa (GFSA3) formalizou as saídas de Mu Hak You e de seu filho, Thiago You, da presidência e do conselho, respectivamente. Ambos são donos da gestora GWI, que era o principal acionista da companhia com 33,67% das ações ordinárias da incorporadora. Agora, o comando do conselho de administração da companhia estará nas mãos de Augusto Marques da Cruz.

Ele já foi diretor-presidente do grupo Pão de Açúcar e presidente do Conselho da BR Distribuidora, vice-presidente do conselho da BRF e conselheiro da JSL e da General Shopping.

Já a vaga do filho de Mu Hak, Thiago, ficou para Oscar Segall. Ele foi uma dos fundadores da Klabin Segall e responsável pela área de mercado imobiliário do BTG Pactual.

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Mudanças à vista

Além das trocas no comando do conselho, a Gafisa informou sobre a aprovação de um comitê de reestruturação não estatutário. Segundo o documento publicado na B3, o comitê deverá funcionar de forma permanente até que o Conselho de Administração entenda pelo encerramento de suas atividades.

Na nota, também são destacados os nomes dos integrantes do comitê. Entre os escolhidos estão o novo presidente do conselho, Augusto Marques da Cruz, Oscar Segall e Ana Maria Loureiro Recart, que vai presidir o comitê e que é a atual presidente da Gafisa.

Entenda a história

De acordo com a repórter Ana Paula Raggazi, que vem acompanhando a história desde o início, Mu Hak, mais uma vez, “quebrou”. Ragazzi contou que ele estava alavancado nas ações da Gafisa, dando os próprios papéis em garantia; as ações caíram e ele não deu conta de arcar com as chamadas de margem da B3 e da corretora Planner, corretora utilizada por ele para o termo. Teve de vender as ações em leilão e o que se falava ontem era que “um grupo de investidores representado pela Planner” ficou com as ações.

Segundo o que ela apurou, quem se comprometeu com a Planner a ficar com a posição acionária da GWI foi a Iron Capital, uma casa de investimentos de ex-executivos de quase todos os bancos de investimentos que atuam no Brasil. Sua atuação é focada em três situações: private equity, real estate e empresas em dificuldades.

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