A EcoRodovias, empresa de concessões de infraestrutura, registrou lucro líquido de R$ 393 milhões em 2018, uma pequena redução de 1,8% em relação ao ano anterior.
O resultado ficou abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam um lucro de R$ 429 milhões, de acordo com dados da Bloomberg.
Junto com o balanço, a EcoRodovias anunciou que os trabalhos do comitê especial independente criado pela companhia para apurar supostas irregularidades apontadas pelo Ministério Público foram inconclusivos e não indicaram o cabimento de medidas judiciais ou disciplinares.
A EcoRodovias criou no ano passado para um comitê para investigar de forma independente as concessionárias Ecovia Caminho do Mar e Rodovia das Cataratas (Ecocataratas). As empresas foram citadas preliminarmente em inquérito do MP por contratos com a GTech.
"Diante desse cenário, neste momento a companhia não dispõe de elementos que a possibilitem identificar a existência ou não de potencial perda relacionada a esses eventos", escreveu a empresa, no relatório que acompanha o resultado.
Greve pesa na receita
De volta aos números, nos últimos três meses do ano, o lucro da EcoRodovias caiu 27,2% na comparação com o quarto trimestre de 2017 e somou R$ 70,7 milhões.
No ano, a receita líquida "pró-forma" da empresa atingiu R$ 2,5 bilhões em 2018, uma alta de 1,3%. O faturamento sofreu o impacto da greve dos caminhoneiros e a isenção da cobrança de pedágio para eixos suspensos, que será objeto de reequilíbrio contratual, segundo a EcoRodovias.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou praticamente estável e somou R$ 1,761 bilhão.
Já a dívida líquida da EcoRodovias encerrou o ano em R$ 4,781 bilhões, um crescimento de 10,6%.